A médica pediatra e diretora técnica do Hospital Unimed Sul, Fabiana Coelho, fala mais sobre essa especialidade que contribui com o desenvolvimento saudável desde a infância até os 18 anos de idade
O acompanhamento médico desde cedo contribui para o desenvolvimento saudável e o diagnóstico precoce de doenças que podem afetar a saúde física e mental de crianças e adolescentes. Nessa trajetória, o médico pediatra tem um papel fundamental. Nesta terça-feira, 27, quando se comemora o Dia do Pediatra, a médica pediatra e diretora técnica do Hospital Unimed Sul, Fabiana Coelho, fala mais sobre essa especialidade que contribui com o desenvolvimento saudável desde a infância até os 18 anos de idade.
“Na primeira infância, o pediatra acompanha os desenvolvimentos físico, sociopsicomotor e cognitivo da criança, além do calendário vacinal e nutricional da criança. Já na adolescência, quando acontece a puberdade, o especialista acompanha o desenvolvimento dos caracteres sexuais, altura e peso, vacinas próprias dessa faixa etária, e tem que estar alerta a questões de relacionamento social e psicológicas, entre eles, bullying, aceitação pelo grupo de amigos e conflitos familiares, bulimia, anorexia, problemas como a depressão, ansiedade e uso de drogas ilícitas”, explica a médica.
A pediatra destaca que algumas famílias optam por consultar com o pediatra somente até os 12 ou 13 anos da criança, enquanto outras preferem que esse atendimento aconteça até atingirem os 18 anos. Dentre os principais motivos que levam à consulta com este profissional, estão situações de febre, infecções respiratórias, gastroenterites e o acompanhamento integral do processo de desenvolvimento infantil, conhecido como puericultura.
Com a pandemia, os desafios do isolamento social e a suspensão das aulas presenciais também refletiram na saúde das crianças e adolescentes. Fabiana Coelho conta que, enquanto houve uma redução de enfermidades como asma, resfriados, bronquiolite, pneumonia e infecções de ouvido, que costumam afetar essa faixa etária, por outro lado, as crianças e adolescentes têm manifestado mais os sintomas de ansiedade, insônia e medo de ambientes e de pessoas estranhas. “A utilização de componentes eletrônicos, como computadores, tablets e celulares, e o tempo gasto com jogos, aumentaram excessivamente. Isso gera agitação, nervosismo, insônia, medo e ansiedade”, alerta.
Para a pediatra, o carinho demonstrado pelas crianças com o especialista é a principal razão para a motivação nesta especialidade, que também leva consigo a responsabilidade de preparar as próximas gerações para desenvolverem hábitos mais saudáveis e o cuidado com a saúde. “As mães enviam vídeos das crianças com declarações de carinho. Não há preço ou palavras que demonstrem realmente o valor dessas manifestações”, conclui Fabiana Coelho.