Além de promover o vínculo entre mãe e filho, o aleitamento materno traz diversos benefícios para a saúde do bebê, como a prevenção de infecções e o bom desenvolvimento infantil. No próximo domingo (1º de agosto), celebra-se o Dia Mundial da Amamentação, data que busca conscientizar sobre a importância do aleitamento materno para todas as fases da vida.
Recomendado de forma exclusivanos seis primeiros meses de vida de bebê segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o leite materno contém todos os nutrientes necessários para a proteção e a nutrição do bebê nesse período. O alimento é indicado até os dois anos da criança, mas, neste caso, deve ocorrer junto com alimentações complementares. Apesar disso, muitas mães enfrentam dificuldades na hora de amamentar, como explica a pediatra e coordenadora da Linha Assistencial Materno-Infantil da Unimed Sul Capixaba, Grazielle Grillo.
A médica destaca que a falta de preparo durante o pré-natal é uma das principais causas que leva a mãe a ter problemas na amamentação. “A amamentação é um tema que gera dúvidas e ansiedade em muitas mulheres. É fundamental que os pais se orientem com seu obstetra e não deixem de realizar a consulta pré-natal com pediatra. O preparo da mama, o conhecimento sobre o posicionamento do bebê e a pega correta facilitam e trazem mais conforto à mãe na hora da amamentação, e evitam problemas como fissura, mastite e ingurgitamento mamário”, afirma Grazielle Grillo.
Segundo a pediatra, uma mamada incorreta pode gerar estresse no bebê que, ao não conseguir extrair o leite de forma adequada, pode chorar e continuar com fome e sem os nutrientes necessários. Já as mães podem sofrer com fissuras mamárias, gerando dores e mantendo um ciclo que vai levar ao insucesso da amamentação. “Na maioria das vezes, a mãenão consegue amamentar por falta de informação e de apoio nas dificuldades. Quando realmente está contraindicado o aleitamento materno ou quando é necessária a complementação, a família deve conversar com um pediatra, que indicará a fórmula adequada para cada criança”, orienta a médica.
A enfermeira da Unimed Sul Capixaba, Gabriela Vieira da Fraga, 34 anos, passou por uma situação particular, quando teve dificuldades para amamentar o filho Gabriel, de dois meses, depois que ele ficou 15 dias na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), por ter nascido prematuro. “Existem diversas dificuldades no aleitamento, mas, no meu caso, em especial, a produção de leite, que era normal no início, caiu porque o bebê estava na Utin. Isso me causou ansiedade e preocupação, além do fato de que ele não estava conseguindo sugar. Tive que usar bomba tira-leite para manter a produção do leite. Foi muito difícil porque mexe com o nosso psicológico”, relata.
A enfermeira, que também é consultora em amamentação, destaca que passou pelos mesmos desafios sobre os quais orienta outras mães e que o conhecimento sobre o assunto a ajudou a lidar com a situação. “Agora, o Gabriel está bem e mamando normalmente, juntamente com alimentações complementares, por ter nascido prematuro. Apesar de todas as dificuldades e desafios, a experiência da amamentação está sendo única e maravilhosa”, completa.