por Siumara Gonçalves
O administrador Paulo Lacerda retornou ao Sistema Findes, há pouco mais de um mês, para assumir o cargo de diretor-geral da entidade. A função foi criada no ano passado e faz parte do novo modelo de governança da Federação. Nesta entrevista o executivo conta um pouco sobre sua vida pessoal, carreira, projetos na Findes e deixa uma mensagem aos colaboradores:
“Essa gestão tem um compromisso muito grande de fazer planejamentos de longo prazo para mapear bem e deixar caminhos para as próximas gestões trabalharem consolidando esse propósito que é transformar vidas e impulsionar negócios para o desenvolvimento do Espírito Santo”, destacou Paulo Lacerda durante a entrevista.
Quem é Paulo Lacerda?
Sou administrador formado pela Ufes com MBA executivo no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC). Sou pai de duas filhas, a Laura, de cinco anos, e a Letícia, de oito anos, casado com a Adriana, que é nutricionista. Sou o mais novo de nove filhos e apesar de ser mineiro, o Estado em que mais morei foi o Espírito Santo, então, hoje sou mais capixaba do que mineiro.
No cinema, quem são seus diretores favoritos?
Nessa vou seguir o Roberto [Roberto Campos de Lima foi o primeiro diretor-geral da Findes (2020-2021)] Stanley Kubrick para mim é um gênio, mas eu gosto muito de rever filmes de outros três diretores nem tão famosos assim: Alan Parker, Ridley Scott e Michael Mann.
Qual seu livro favorito?
Essa é difícil, mas teve um livro que me impactou muito. Apesar de eu gostar de ler muito biografias, esse livro não é exatamente uma, mas baseado nas experiências do autor, que é “O velho e o mar” do Ernest Hemingway.
Qual sua música, músico ou banda preferidos?
Pelo meu Spotify dá para ver que eu ouço muito Led Zeppelin e Skank. Tem uma música do Skank que gosto muito: “Canção noturna”. Como já morei em Belo Horizonte (MG), como todo belorizontino, tenho muita identificação com essa música do Skank.
Uma pessoa no mundo dos negócios que admira…
Vou escolher entre empresários que trouxemos para o Fórum IEL de Gestão. Tem um que marcou muito a primeira edição do Fórum, em 2017, que foi o Pedro Lima do Café Três Corações. Foi uma palestra muito rica, não só de negócios, mas também das experiências pessoais dele. E entre capixabas tenho uma admiração muito grande entre os empreendedores e vou citar três: Rodrigo Dessaune da ISH tecnologia, Franco Machado da Mogai e o Rogério Salume da Wine.
Fale um pouco sobre sua trajetória profissional. Você já fez parte do Sistema Findes como superintendente do IEL. Como foi sua experiência?
Foi uma experiência muito rica para mim. Eu estava vindo de Brasília, depois de morar 13 anos lá, onde também foi uma experiência muito legal. Trabalhei 7 anos na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), rodei o Brasil todo e conheci quase todas as Federações da Indústria, que era com quem fazíamos acordos de cooperação.
A experiência do IEL foi muito interessante pelo desafio de, além do IEL, coordenar também o Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS) e o Centro Internacional de Negócios (CIN). Meu primeiro semestre aqui na Findes, em 2017, foi para realizar a primeira edição do Fórum IEL de Gestão e fazer 40 agendas sindicais. Ao final do ano, vimos que dávamos conta de fazer e foi um trabalho muito legal de redesenhar o portfólio do IEL mais voltado ao mercado, trabalhar com muita inovação, melhorando os produtos que já tínhamos.
O IEL tem características de produtos muito longevos, com mais de 20 anos, como é o caso do Anuário IEL 200 Maiores e Melhores Empresas no Espírito Santo, e do ProdFor. A equipe conseguiu fazer melhorias muito importantes sempre ouvindo os clientes e o mercado.
E os planos para o futuro? Como você pretende desenvolver o seu trabalho aqui na Federação do Espírito Santo?
Essa pergunta é fácil de responder com o nosso propósito: quando a gente pensa que qualquer atividade que fazemos está voltada a transformar vidas e impulsionar negócios para o desenvolvimento do Espírito Santo, a gente tem muita conexão com isso todos os dias.
Tem uma pessoa com quem trabalhei que deixava uma mensagem muito interessante: o ideal é a gente conseguir acordar com senso de propósito e dormir com senso de realização. Então aqui a gente tem uma enormidade de temas, por isso, o risco de perder o foco, às vezes, é grande, porque são temas muito interessantes ligados diretamente a esse propósito.
Eu vou seguir basicamente três linhas: não retroceder os avanços da gestão que o Roberto fez, consolidando esse modelo de gestão que não é inédito, mas pouco usual no Sistema de ter um diretor geral. Segundo, aumentar a eficiência das escolhas dos nossos gastos. E, terceira, aumentar a agregação de valor para todos os nossos públicos (nossas pessoas são mais de 1.700 colaboradores do sistema), nossos clientes e nossos atores institucionais que tem algum tipo de interesse, colaboração ou parceria com o Sistema Findes.
Uma mensagem aos colaboradores…
A rota e o destino já estão traçados e só trocou o piloto. Não há como se pensar em mudança bruta, repentina, de rota, de destino. Até mais do que isso. Eu diria que essa gestão tem um compromisso muito grande de fazer planejamentos de longo prazo para mapear bem e deixar caminhos para as próximas gestões trabalharem consolidando esse propósito que é transformar vidas e impulsionar negócios para o desenvolvimento do Espírito Santo.