Com lápis e papel ou uma tela de computador, a autora Isa Colli já tem as ferramentas que precisa para transformar as ideias em lindas histórias. Já são quase 40 publicadas e mais de 100 aguardando para serem transformadas em livros. Assim tem sido a vida de Isa Colli desde 2011, quando se lançou na literatura. A escritora, hoje reconhecida internacionalmente, já mostrava talento desde a infância, apesar de ter se profissionalizado há apenas uma década.
Criada no interior, aos quatro anos ingressou na escola Singular de Monte Belo, no município de Presidente Kennedy, sul do Espírito Santo. Desde muito cedo, teve contato com os livros e as histórias infantis, já que sua mãe era uma ótima contadora de estórias, tanto das “cartilhas” que comprava, como das que, em sua simplicidade cheia de criatividade, inventava e contava aos filhos todos os dias antes de dormir.
Viveu parte da adolescência na localidade de Vargem Grande de Soturno e era ativa nas atividades escolares. Quase sempre as suas histórias fantásticas venciam os concursos de redações e poesias. Amava participar dos festejos de 07 de setembro e se lembra com saudade da forçada preparação física realizada diariamente para agraciar o desfile como ginasta. Era uma alegria passar saltando e fazendo piruetas no meio das fileiras dos concentrados alunos marchando ao ritmo da banda. Tudo era motivo de inspiração para o diário de memórias da pequena Isa.
Outras profissões
Por um bom tempo, os escritos ficavam somente acumulados em folhas de papel. E assim Isa foi tocando a vida. Casou-se em 1985 e se mudou para Cachoeiro de Itapemirim, onde viveu com o marido e os dois filhos até meados dos anos 90. Se mudou para o Rio de Janeiro. Em 2001, entrou para o mundo da televisão, na antiga “TVE canal 2”, hoje TV Brasil.
Foi cabeleireira, maquiadora, produtora, trabalhou em rádio e passou por outras emissoras de TV. Até que entrou de licença para se tratar de um câncer. Naquele momento, usou a escrita como forma de aliviar as dores físicas e emocionais. E decidiu publicar uma das histórias criadas neste período: “Um Amor, um Verão e o Milagre da Vida”.
Em 2013, lançou o segundo livro, “Os Príncipes Primavera, Verão, Outono e Inverno”. O terceiro, “A Lagoa Grinalda, veio logo em seguida. Depois surgiram “A árvore Dourada”, “A Fada Milena” e “As Aventuras da Nuvem Floquinho”, infantojuvenil com temática de extrema relevância para a educação atual – um alerta sobre o desperdício de água no planeta.
Em 2016, lançou “O Pirulito das Abelhas”. Em 2017, apresentou ao público “A Fazendinha” e “O Recomeço”. Em razão do seu temperamento irrequieto e contestador, ela decidiu dedicar-se somente ao prazer da escrita, refúgio que a mantém motivada e feliz.
Novos desafios
Em 2018, a autora criou sua própria editora, a Colli Books. Lançou pelo novo selo os livros “A Gata Penélope”, “O Aniversário de Margarida”; relançou “A Nuvem Floquinho”, que agora inclui o projeto “Água é Vida”, com material de apoio para professor e aluno.
Em 2019, vieram os títulos “Ulisses no Reino das Letras Douradas”, “O Rei está no trono!”, “O Elefante mágico e a Lua” (bilíngue), “Luke, o Macaco Atleta”, “Vivene e Florine e suas descobertas na Amazônia” e o livro de poesias “Fases Intimistas”, além de relançar o romance “O Recomeço”.
Sempre em movimento
Em 2020, em meio à pandemia, lançou “Pássaro de seda”, “Berta e Nina, “Luke e suas andanças pelo Brasil”, “Maia, a estrela-do-mar” e “Tâmaras e Quibes”.
Este ano, entraram para sua lista de lançados os títulos “O Reino do Tempo”, “Incêndio no Museu” e o mais recente, “Descobertas de Inaiá”.
Seus livros infantis abordam a sustentabilidade e a necessidade de proteção ao meio ambiente, do respeito pelo próximo, da tolerância às diferenças e da valorização do consumo de alimentos saudáveis e sem agrotóxicos, temas importantes numa sociedade que parece caminhar para o caos.