O número de pessoas fora de casa devido à enchente nas cidades do sul do Espírito Santo aumentou. De acordo com o último boletim da Defesa Civil Estadual, um total 1.625 mil pessoas ainda estão impedidas de retornar para casa.
Na manhã desta terça-feira (21), a situação na cidade de Iconha permanece grave. Diversas casas às margens do rio Iconha foram destruídas e nas principais vias da cidade ainda há bastante lama, inclusive dentro dos estabelecimentos comerciais.
Segundo o servidor público Nicolau, morador de Iconha, uma ponte que cruzava o rio foi completamente destruída pela enchente e parte do bairro está isolado.
O trabalho do Corpo de Bombeiros continua em toda região, segundo o Tenente-coronel, Carlos Wagner, representante do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil Estadual, devido ao mal tempo algumas regiões ainda apresentam risco.
“Há um risco muito grande de soterramento e deslizamento de terra nas cidades afetadas, por isso nossas equipes permanecem por ali 24 horas por dia, com nossos cães, nossos equipamentos e sempre contando com o apoio do governo do estado”, relatou.
Ainda segundo o Tenente-coronel Carlos Wagner, o número de desaparecidos diminuiu de 5 pessoas para apenas 2, no município de Iconha, 3 pessoas foram encontradas na segunda-feira (20).
Calamidade pública
Por orientação da defesa civil estadual, o governo estadual decretou estado de calamidade pública nas regiões afetadas. O decreto é válido para as cidades de Alfredo Chaves, Iconha, Rio Novo do Sul e Vargem Alta. Entretanto, o governo federal ainda não reconheceu esse decreto, que precisa ser publicado no Diário Oficial da União (DOU).
O decreto de calamidade pública é um grau mais grave que situação de emergência. O decreto é autorizado em casos de desastres severos onde se reconhece que o município ou o estado não tem condições de se recuperar sozinho.
Entre as ações previstas estão a liberação de verba do governo federal, envio de Forças Federais ou ainda a liberação de parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A expectativa é que o governo federal reconheça o estado de calamidade pública ainda nesta terça-feira (21). Fonte: folhavitoria