A vice-governadora do Estado, Jacqueline Moraes, participou, na manhã do último sábado (05), de um encontro com representantes de 22 comunidades quilombolas e indígenas dos municípios de São Mateus, Jaguaré, Aracruz e Conceição da Barra. A agenda foi realizada na Comunidade de São Domingos, em Conceição da Barra.
Durante o encontro, líderes quilombolas apresentaram as pautas prioritárias e competências para a região, além de apontarem as questões estruturais e as necessidades das comunidades em várias áreas fundamentais, como, por exemplo, a social, saúde, educação e ambiental. O grupo enfatizou a importância representativa e simbólica da vice-governadora como mulher negra à frente destas articulações em prol das comunidades presentes.
Jacqueline Moraes reforçou o compromisso com a preservação cultural e a importância das pautas para os quilombolas e indígenas da região. “Estamos aqui, unidos, em um propósito do Governo do Estado: de garantir a vocês que a Vice-Governadoria é uma porta aberta à voz das comunidades no Espírito Santo. Quando o governador Renato Casagrande me designou para ser a primeira mulher negra, cristã e de periferia a ocupar esse espaço, ele criava um local para as comunidades se unirem na mesma pauta, na mesma história, na mesma luta”, ressaltou.
O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Fabrício Machado, participou do encontro e destacou o trabalho de intermediação do Governo do Estado nas discussões sobre a reparação e retratação dos danos causados e das indenizações aos atingidos do desastre do rompimento da barragem de Fundão. “É preciso garantir os direitos a quem foi atingido e impactado com o desastre. Como parte do processo de reparação, escutar as comunidades quilombolas e indígenas é fundamental nesta repactuação, para garantir os anseios e a dignidade humana de todos os envolvidos”, pontuou.
Fabrício Machado também apresentou as iniciativas e investimentos para ampliação da restauração florestal e a recuperação hídrica na região, como o Programa Reflorestar, que, além de plantar árvores e preservar a cobertura florestal, contribui para a geração de renda aos produtores rurais.
Com a participação de mais de 830 quilombolas, todas as pautas discutidas pelos líderes quilombolas e autoridades municipais presentes foram organizadas e serão encaminhadas para a análise dos órgãos e entidades competentes estaduais, visando ao ajustamento de soluções, em parceria e diálogo com as comunidades quilombolas da região.