A escola vive uma diversidade enorme em seu dia a dia, reflexo de múltiplas culturas da nossa sociedade, a vivência entre os diferentes sujeitos traz uma realidade múltipla e desafiadora no sentido de harmonizar o processo de ensino aprendizado, evidenciando os benefícios desse convívio escolar multicultural.
O bom professor mediador explora as interações e as criações coletivas numa contextualização com o meio em que a escola está inserida, respeitando os conhecimentos prévios que os alunos já trazem de casa, em seu âmbito familiar e social.
O respeito pelo diferente deve ser além de uma teoria metodológica, mas sim uma prática pedagógica viva, um exemplo prático no cotidiano escolar, onde todos possam ser realmente quem são, diferentes um dos outros, demonstrando que é justamente essas características ecléticas que enriquecem o processo de ensino aprendizado e potencializam o desenvolvimento da criança como um todo.
A inclusão ainda é um grande desafio nas escolas brasileiras, não só ela como a quebra de paradigmas ultrapassados que reforçam problemáticas como o bullying e a violência nos ambientes de ensino. É preciso cada vez mais uma didática transversal alinhada ao mundo fora dos muros da escola.
A partir da humanização das sequências didáticas, com planos de aula interdisciplinares e artísticos pode-se transformar as problemáticas em situações construtivas de aprendizado, as minimizando e até mesmo revertendo os quadros problematizadores, como indisciplina, reprovação e evasão. Porque o bom aluno nem sempre vem pronto de casa, é função do professor ensinar e educar para a vida em sociedade, num olhar crítico, cientifico e pedagógico.
A criatividade e a ludicidade pode ser trabalhada nos diversos níveis da educação básica, despertar a força de vontade, o interesse, o incentivo ao descobrir novos conhecimentos e realizar experimentações educacionais é o caminho para uma educação de qualidade que respeite a diversidade e o multiculturalismo, reforçando o conceito de alteridade escolar que forma, capacita e prepara os alunos cada vez mais para o mercado de trabalho e para a sociedade como um todo.
A construção do saber vem de boas práticas pedagógicas, numa relação ampla e democrática de professor x aluno, pois tudo que vai para o papel como ideologia para o crescimento do outro deve vim do coração, baseado em fundamentos e métodos, numa interação entre escola empenhada com seu projeto político pedagógico, atualizado e efetivo, com a participação da comunidade e numa interação de saberes, fornecendo assim condições para que alteridade aconteça de forma benéfica, capacitando o aluno cognitivamente e emocionalmente para conquistar seu espaço também fora da escola.
ARTIGO PEDAGÓGICO DE GUILHERME NASCIMENTO – PRESIDENTE DA CASA ROXA CULTURAL • Quem é Guilherme Nascimento? – Trabalhador capixaba da classe popular, foi menor aprendiz na Itapuã Calçados, estagiário na Flecha Branca e gerente nas lojas Tutti. Através de bolsa de estudos é formando em Pedagogia e Gestão Pública. É criador do projeto de dança ASAS da Cultura de Itapemirim. E atual presidente da Casa Roxa Cultural em Marataízes. Guilherme é produtor cultural, artista múltiplo e educador social. Escreve, compõe, dança, coreografa, atua e dirige. Com apenas 28 anos o aquariano é liderança da diversidade, da juventude e da classe artística no sul capixaba. Criador da Semana +Visibilidade +Orgulho, projeto contemplado com o prêmio estadual de cidadania LGBTQIA+ pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos.