Em sua passagem por Cachoeiro de Itapemirim, na tarde desta terça-feira (20), o governador e pré-candidato à reeleição pelo Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), explicou com exclusividade ao PORTAL DE NOTÍCIAS 24 HORAS, os fatores que definiram a escolha do ex-senador Ricardo Ferraço (PSDB) para compor sua chapa nas eleições de outubro. Ricardo será apontado na convenção do PSB como candidato a vice-governador.
Casagrande cumpriu agenda de trabalho no município, onde participou da audiência pública para elaboração do Orçamento do Governo do Estado para o ano de 2023. O evento aconteceu na escola Zilma Coelho Pinto, que fica no bairro Ferroviários.
Confira a entrevista.
PORTAL – Governador, o que fez o senhor definir o nome do ex-senador Ricardo Ferraço para compor a chapa majoritária do PSB na condição de candidato a vice-governador?
RENATO CASAGRANDE – A experiência do Ricardo Ferraço pesou muito na hora da escolha. Todas as funções que ele exerceu foram com competência, então ele tem muita experiência administrativa. Além disso, ele já teve mandatos no Congresso Nacional e conhece bem a política nacional. Só escolho quem pode ajudar na eleição e no governo, caso tenhamos sucesso no projeto eleitoral.
Hoje, como é a relação política do senhor, pré-candidato a governador, com o ex-senador?
Nó temos uma relação muito fluida, muito desobstruída, sincera e franca.
Será difícil administrar um palanque com correntes ideológicas tão divergentes. Qual a estratégia para se conseguir isso?
É uma característica minha ter capacidade de diálogo. Com isso, conseguimos fazer alianças amplas, como sempre fiz. Quando agimos assim, passamos mais tempo dialogando, mas temos muito mais base política na Assembleia Legislativa, no Congresso Nacional e na própria sociedade.
Essas amplas alianças ajudam ou atrapalham a governar?
São por essas amplas alianças a gente está conseguindo fazer esse estado caminhar com tanta velocidade. Nosso estado hoje é uma potência em implantação de programas sociais, econômicos e obras de infraestrutura. Conseguimos isso porque temos equilíbrio e capacidade de diálogo. Essas alianças ajudam a gente a fazer cada vez mais o Espírito Sando dos nossos sonhos.
Aproveitando a oportunidade, em que estágio estão as conversas com o Governo Federal sobre a decisão unilateral da concessionária ECO Rodovias de desistir do contrato para duplicação do trecho da BR 101 que corta o Espírito Santo?
Temos uma agenda na semana que vem, no formato virtual, onde vou conversar com o ministro de Infraestrutura e com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para que a gente possa compreender melhor o que vai acontecer a partir de agora e garantir que os investimentos que foram iniciados sejam concluídos.
Existe algum risco de a BR 101 no Espírito Santo ficar abandonada à própria sorte?
Acho que não, mas a reunião será para resolver isso, para termos garantia dos passos que serão dados a partir do documento encaminhado pela ECO Rodovias entregando a BR 101. Nós achamos que a decisão da entrega é péssima para o Espírito Santo, o investimento nessa rodovia é necessário para o nosso desenvolvimento.
Qual a responsabilidade do Governo do Estado nessa questão?
Temos que compreender que essa é uma questão do Governo Federal. É uma concessão federal, não do governo do Estado, mas estamos tentando ver se conseguimos diminuir o impacto prejudicial pela decisão tomada pela ECO Rodovias.