A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio do 10º Distrito Policial da Serra, deflagrou, nesta terça-feira (13), uma operação policial de repressão ao comércio ilegal de cigarros eletrônicos, dando cumprimento a cinco mandados de busca e apreensão na Serra-ES. Durante a ação, três prisões foram realizadas e um vasto material foi apreendido.
A operação foi realizada nos bairros André Carloni, Novo Horizonte, Parque Residencial das Laranjeiras e Vista da Serra. Além do 10º Distrito, também participaram da ação os policiais dos 12° e 13° Distritos de Policia da Serra e da 3ª Delegacia Regional da Serra. No total, foram apreendidos 108 cigarros eletrônicos, 185 essências para cigarros eletrônicos e 14 acessórios para cigarros eletrônicos.
O titular do 10º Distrito Policial da Serra, delegado Josafá Silva, informou que a operação foi importante para desestimular a comercialização do produto. “Os três detidos, proprietários de estabelecimentos comerciais, foram autuados em flagrante pelo crime contra a ordem econômica e as relações de consumo, previsto no artigo 7°, inciso IX, da Lei 8.137/1990. Os conduzidos foram autuados na forma culposa, sendo arbitrada fiança que foi devidamente paga e assim eles foram postos em liberdade. Em dos locais, nada de ilícito foi encontrado”, disse o delegado.
Operações
No dia 05 de agosto, a Polícia Civil do Espírito Santo deflagrou a “Operação Vapor”, com o objetivo combater a comercialização ilegal de cigarros eletrônicos e outros acessórios para o dispositivo. A operação foi empreendida em diversos estabelecimentos comerciais dos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Guarapari.
Durante a operação, três pessoas foram presas e mais de 2 mil unidades de cigarros eletrônicos foram apreendidas. Além do dispositivo, também foram apreendidas 677 essências para cigarros eletrônicos, 263 componentes de cigarro eletrônico, 500 gramas de ácido bórico e mais de 400 mil unidades de pinos vazios.
No dia 25 de julho, a equipe da Delegacia de Polícia de Jaguaré prendeu um homem de 40 anos, no Centro de Jaguaré. O suspeito tem um comércio no município e estava vendendo ilegalmente cigarros eletrônicos e vapers.
Comercialização
A comercialização de cigarros eletrônicos e respectivos dispositivos é proibida no Brasil desde 2009, conforme a Resolução (RDC nº 46/2009), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Após tomar ciência da comercialização ilegal desses produtos, a Polícia Civil do Espírito Santo deu início a um trabalho de investigação para o levantamento de pontos comerciais onde os dispositivos e outros componentes estavam sendo vendidos.
Durante a coletiva de imprensa da “Operação Vapor”, realizada no dia 11 de agosto, o médico legista Cássio Laiber disse que o pulmão de uma pessoa que faz o uso de cigarro eletrônico se assemelha ao pulmão de uma pessoa que foi infectada com o vírus da Covid-19. “O vape foi inventado para evitar os efeitos colaterais do alcatrão e do CO2. Porém, durante os estudos, foi identificada nos usuários a pneumonia lipóide, que dificulta a troca gasosa entre o pulmão e o sangue. O raio X de um pulmão com pneumonia lipoide é muito similar ao pulmão de quem já teve Covid-19”, comentou o médico.