A BRK iniciou na última quinta-feira, 20, a campanha “Água de chuva e esgoto não se misturam”, para orientar a população sobre ações importantes para manter a eficiência do sistema de esgotamento sanitário. A ação promocional inclui vídeo educativo para TV, spot em rádios, banners para sites, e anúncios em jornais e revistas.
A campanha evidencia a utilização correta das redes de esgoto e a importância do descarte adequado dos resíduos, chamando a atenção para a responsabilidade de cada um na preservação e na efetividade de todo ciclo de coleta e tratamento do esgoto, de modo a informar, educar e mobilizar a população para um comportamento adequado em relação ao sistema de esgotamento sanitário.
“Nosso objetivo é reforçar o senso de pertencimento das pessoas aos assuntos que envolvem o saneamento e, dessa forma, demonstrar como esse tema está diretamente relacionado a muitas práticas cotidianas e impacta claramente na qualidade de vida da população”, explica a coordenadora de comunicação e de responsabilidade socioambiental da BRK Cachoeiro, Rosa Malena Carvalho.
O índice de coleta e o tratamento de esgoto em Cachoeiro de Itapemirim chega, atualmente, a 98,15%, sendo um dos mais altos do país. O município também dispõe de 11 Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) e 562 quilômetros de redes coletoras, coletores-tronco e interceptores. Segundo o gerente operacional da BRK Cachoeiro, Marcos Pontes, infelizmente, ainda existem problemas relacionados ao mau uso das redes e às ligações irregulares na cidade, afetando o bom funcionamento do sistema como um todo.
“Muitas vezes, ocorre o direcionamento indevido da água da chuva e das calhas para a rede coletora, o que sobrecarrega todo o sistema, fazendo com que ele perca a sua eficiência, e aumentando as chances de rompimento ou de transbordamento das redes. O contrário também acontece, com o lançamento de esgoto na rede pluvial. Nesse caso, isso se torna um problema ambiental e de saúde pública, já que o esgoto vai direto para os rios e córregos sem tratamento”, ressalta Marcos Pontes.
O lançamento de água pluvial no sistema de esgotamento é proibido pelo Regulamento da Concessão dos Serviços e pela Lei nº 7743, que dispõe sobre o Código Sanitário do Município de Cachoeiro de Itapemirim e que trata, além de outros temas, sobre a disposição das águas pluviais. O Regulamento da Concessão, em seu artigo 10º, também estabelece que “a rede de esgoto sanitário, integrante do sistema separador absoluto, não poderá receber, direta ou indiretamente, águas pluviais ou contribuições que possam vir a prejudicar o seu funcionamento”.
Descarte incorreto também gera sobrecarga das redes
Outro problema relatado por Marcos Pontes é o descarte incorreto de resíduos nas redes, por meio de vasos sanitários, pias e ralos. Mensalmente, a BRK retira cerca de 32 toneladas de resíduos das Estações de Tratamento de Esgoto, entre fios de cabelo, fio dental, preservativos, cotonetes, guimbas de cigarro, absorventes, sacolas plásticas e outros produtos.
“São resíduos que podem causar o entupimento do sistema, uma vez que as redes de esgoto são projetadas para receber 99% de material líquido e somente 1% de resíduos sólidos. Um dos serviços preventivos que realizamos para evitar esses entupimentos é o serviço de hidrojateamento, que utiliza água com pressão para desobstruir e limpar as tubulações e conexões. No entanto, especialmente em dias de chuvas intensas, aumentam as chances de rompimento de redes, transbordamento, mau cheiro e retornos de esgoto pelos ralos, devido ao uso indevido das redes”, alerta o gerente.
Município é primeiro em ranking de saneamento
A mobilização da BRK junto à população acompanha as iniciativas de modernização e ampliação que a concessionária realiza nas redes de esgoto da cidade. Cachoeiro de Itapemirim mantém, atualmente, a primeira colocação no Ranking de Saneamento Básico dos Municípios Capixabas (RSBMC) – levantamento promovido pelo Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES). A cidade conquistou a nota 8,36, a única acima de 8,0 entre os 78 municípios capixabas.
O município ainda sustenta a primeira posição na classificação dos municípios por novas ligações de esgoto sobre ligações faltantes, com 240,98% de novas ligações de esgoto sobre as ligações necessárias. No levantamento, divulgado no final de 2021, foram levados em consideração os indicadores de atendimento total e urbano de água potável e de coleta e tratamento de esgoto e questões sobre a melhora e a eficiência no atendimento ao cidadão.