A situação, que já era preocupante, ficou ainda pior com o aumento da ressaca na tarde de ontem
“Não está dando para dormir”, confessa Leonardo Capistrano, 48 anos, que possui um restaurante que está a menos de dois metros da erosão causada pelas fortes ondas que atingem a orla de Meaípe, em Guarapari-ES.
A situação que já era preocupante, ficou ainda pior, com o aumento da ressaca na tarde de ontem. Além do restaurante, a família vive na casa que fica no andar de cima.
“Uma situação crítica, porque além de trabalhar, a gente ainda mora aqui. Então temos a família e os filhos aqui. Não está dando para dormir. Já tem uns dias que a gente não dorme. Quando vem da natureza, é mais perigoso. Sabemos que com o mar não dá para brincar”, disse Leonardo.
As mudanças climáticas que provocam as famosas ressacas, estavam sendo anunciadas há alguns dias. O problema na orla é maior, pois segundo o comerciante, a empresa que está construindo o novo muro, acabou retirando o antigo justamente nesse momento de ressaca.
“As obras estavam acontecendo, mas infelizmente a empresa acabou não se atentando para a maré de lua, e a situação piorou. Na tarde de hoje (ontem), a empresa voltou para colocar algumas pedras, mas a ação apenas minimiza o problema, mas infelizmente não resolve com esse paliativo. Somente o muro poderia segurar melhor”, completa o comerciante.
O gerente da Defesa Civil de Guarapari, Oldair Rossi, esclareceu que o órgão esteve no local, e chegou a orientar a família que deixasse o local, para que novas medidas sejam tomadas hoje. “Foi uma orientação de segurança, para que eles deixem o local. Amanhã (hoje) precisamos tomar as medidas definitivas, se vamos precisar ou não de interditar o local”, explicou Oldair.
A castanheira que ameaçava cair, e que foi destaque na edição do Jornal A Tribuna de ontem, foi retirada após a reportagem. Segundo a Defesa Civil, a ação se fez necessária, pelo risco que oferecia.
“A castanheira precisou ser retirada. A erosão da maré pegou por baixo da raiz, e para evitar um problema maior, foi decidido dessa maneira. Porque a vida em primeiro lugar”, disse Oldair. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura (Semag) informou que outra espécie apropriada ao local será plantada.
A Defesa Civil informou ainda que o monitoramento em Meaípe é diário. fonte: tribunaonline /portaldenoticias24horas