Com clipes gravados em diferentes paisagens da Holanda e da Alemanha, músico lança “Novo”, seu terceiro álbum de estúdio
Do reencontro consigo mesmo, após ver vários planos não darem certo, começou a nascer “Novo”, projeto audiovisual do cantor, compositor e músico capixaba Andrew Laureth, 34. O álbum, que está disponível em todas as plataformas digitais desde quinta-feira (2), traz mensagens de fé, renascimento e esperança, e marca uma nova fase nessas duas décadas de carreira musical.
Apesar do título, o carro-chefe do trabalho de MPB e pop rock não é uma composição de agora. A letra foi feita em 2014 e ele guardou porque acreditava que algo maior estava reservado para ela. Nesses últimos nove anos, compôs mais sete canções que traziam uma temática parecida e reúne todas no disco de inéditas.
“Escrevi ‘Novo’ antes mesmo de lançar meu 1º álbum, ‘Janelas da Alma’, que saiu naquele ano. Desde então, esperei nascer outras músicas que passassem esse sentimento de renascimento e, no fim de 2021, comecei a produção desse projeto”, conta o artista natural de Santa Teresa, no Espírito Santo, mas que há seis anos mora em Amsterdã, na Holanda.
O conceito do trabalho está conectado com o de seu álbum anterior, “Pieces of Me” (pedaços de mim, em tradução livre), de 2020. “Nele, era como se eu estivesse despedaçado. Agora, estou renascendo. E faço essas alusões nos clipes”.
Se no disco de estreia ele trouxe guitarras, no segundo a aposta foi no formato voz e violão. Em “Novo”, ele segue a mesma linha do antecessor, mas adiciona instrumentos, como o trompete, que aparece na já divulgada faixa “Eu e Solidão”. Outra novidade é que este é seu primeiro projeto totalmente em português, fato que não impede suas músicas de serem tocadas em rádios holandesas. A produção é de Andrew, ao lado do irmão Guilherme Laureth.
Videoclipes
Junto com a chegada do álbum às plataformas digitais pelo selo S3 Music, o público tem a oportunidade de conferir o videoclipe da faixa-título. A quinta produção audiovisual do disco foi gravada no Parque Nacional de Harz, localizado numa região de montanhas da Alemanha, onde o cantor acreditou que viraria “comida de lobo”.
“Para esse vídeo, a ideia era pegar o sol nascendo, porque a música fala sobre renascer. No meio da gravação, eu e a equipe começamos a ouvir barulhos de vários lobos que pareciam estar se aproximando da gente. Foi quando um de nós teve a brilhante ideia de buscar na internet sobre como poderíamos nos defender caso tentassem nos atacar. Quando vimos as sombras deles, pegamos tudo que tínhamos e levantamos com a mão para que parecêssemos maiores que eles. Ficamos ali parados até pessoas que trabalhavam no parque chegar. Foi um aperto”, lembra.
Assim como os clipes anteriores, “Novo” é assinado pela Útero Filmes e Dom Pedro Conteúdo, que já trabalhou com o rapper Xamã e a funkeira Rebecca. Os vídeos de Andrew têm alcançado bons números no YouTube, sendo que dois deles já atingiram a marca de 100 mil visualizações cada.
O primeiro vídeo divulgado por Andrew foi o de “Para Meu Filho e Minha Donzela”. Na produção, ele dirige um carro pelo Parque Nacional de Hoge Veluwe, um dos maiores da Holanda. “A ideia era trazer uma reflexão e uma conversa com a vida durante o caminho de volta pra casa, onde se enfrenta todas as circunstâncias para voltar aos braços da família”, conta.
Na sequência veio o clipe de “Dias”, onde o músico aparece em meio aos prédios e viadutos de Roterdão, também na Holanda. “Essa música fala sobre a ansiedade do mundo moderno onde perdemos a noção do tempo nessa busca incessante de ter sempre mais. É um convite para refletirmos sobre o que realmente importa nessa existência, para que nossos dias aqui não sejam em vão”, define.
A paisagem escolhida para o 3º single, “Mundo Aqui”, foi uma praia holandesa em Haarlem. “Esta canção é um convite para caminhar rumo à liberdade, se desprendendo de conceitos, religiosidade e preconcepções. Ela foi escrita com minha mulher, Aryssa Viana, após uma conversa sobre como a tradição e os dogmas da religião afetam as pessoas”.
Já “Eu e Solidão”, última faixa divulgada antes do álbum chegar ao mundo, representa, simbolicamente, um diálogo com a solidão, como se esta fosse uma pessoa. No registro, essa representação de isolamento é feita com a história de um homem que vive sozinho em um barco pelas águas do Mar do Norte. O protagonista é interpretado pelo cineasta David Gabriel, filho de Arlindo Barreto, conhecido por dar vida ao palhaço Bozo.
As três últimas produções audiovisuais serão lançadas nos próximos três meses, uma a cada mês. Serão para as faixas “Morrer e Amar”, “Coisas que Eu Sinto” e “A Vida é Bela”, música originalmente lançada em seu álbum de estreia, “Janelas da Alma”, que aqui ganha uma versão acústica.
Todos os singles ganharam capas feitas pela artista visual e ilustradora Angélica Sil. “Ela retratou com perfeição a mensagem de cada música”, elogia Andrew.
Mais sobre Andrew
Natural de Santa Teresa, no Espírito Santo, Andrew Laureth tem 20 anos de história na música, tendo passagem pelas bandas Sexto Comando e Altitude antes de se dedicar à carreira solo. Vivendo há seis anos em Amsterdã, na Holanda, ele se apresenta por várias cidades do país europeu. Durante sua jornada musical, já abriu shows do cantor Nando Reis e da banda Natiruts, onde teve a oportunidade de se apresentar para um público de 2,5 mil pessoas.