Como identificar as atuais forças políticas de Cachoeiro? É o que tentamos descobrir nos dois últimos meses em nosso podcast “Lado B”. Conversamos com Dr Bruno Resende, o analista político Wilson Márcio Depes, Diego Libardi, Norma Ayub e o Coronel Ruy Guedes. Alguns falaram abertamente de política e outros nem tanto. De tudo que vi e ouvi, trago algumas considerações, certamente, precipitadas.
Pois bem, no resumo da ópera vejo três forças atuando em Cachoeiro. Duas delas andam ombro a ombro. Uma sob a liderança do prefeito Victor Coelho (PSB) e outra no guarda-chuva do governador Renato Casagrande (PSB). Estas se completam, por óbvio. A terceira, representada pela militância da direita, mantém a popularidade em alta graças à resiliência caucasiana do bolsonarismo.
Quem quiser chegar ao Palácio Bernardino Monteiro terá que se ajeitar nessa tríade. E só cabem dois nessa disputa. Um representando Victor e Casagrande e outro a direita bolsonarista. Com boa vontade, aliás, muita boa vontade, pode haver lugar para a tal terceira via.
Os demais ficarão na rabeira. Hoje, não é novidade para ninguém que o Juninho Correa (PL) está na dianteira, respaldado pela votação que teve em outubro do ano passado. Mesmo não se elegendo, encheu o bornal de votos e continua cabalando eleitores por aí.
Juninho guarda ainda na manga o “possível” apoio do deputado Theodorico Ferraço (PP). Caso Norma Ayub (PP) não avance o necessário por aqui, como gostaria, Ferraço deve jogar as fichas em Juninho. Alguns analistas, com aceso ao deputado, garantem que dessa vez ele não entra para perder.
Há uma outra aposta correndo nas congestionadas ruas de Cachoeiro, que diz o seguinte: Norma teria um caminho menos tumultuado em Marataízes. Dessa forma, aproximar-se do atual prefeito, Tininho Batista, seria estratégico. Bilhete semelhante estaria guardado nas conchas do litoral maratimba. Resta saber se foi combinado com os russos.
Depois de Juninho, aparecem com mais frequência na boca da Candinha o deputado Dr Bruno Resende (União), que guarda a simpatia do governador, e o advogado Diego Libardi (Republicanos). Estes sim, já queimaram a largada. Na sequência, teríamos o vice-prefeito, coronel Ruy Guedes, que pode surpreender lá na frente. É muita obra na cidade e o jogo está no aquecimento.
Por fim, vejo o ex-prefeito Carlos Casteglione (PT) tentando medir a profundidade da lagoa. No fundo d’água mesmo, ele sabe: quem vai mergulhar a vara e esticar a trena será o governador Renato Casagrande (PSB). A favor do petista, o fato de ser o único nome da esquerda cachoeirense com reais chances de capitanear um eventual sucesso de Lula no comando do País. A conferir.
Até!!