Mais de 500 arquitetos e designers (especificadores) dos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Bahamas, Itália, Reino Unido e China conheceram mais sobre as rochas naturais brasileiras nos últimos 18 meses. Eles foram impactados por palestras técnicas realizadas por um corpo de especialistas nomeado pelo It’s Natural – Brazilian Natural Stone, projeto de incentivo às exportações de rochas ornamentais brasileiras promovido pelo Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
As apresentações aconteceram em várias cidades de três continentes: americano, asiático e europeu. Nos Estados Unidos, as cidades de Nova Iorque, Las Vegas, Tucson e San Diego receberam pelo menos uma edição do evento cada. O arquipélago das Bahamas recebeu a equipe em encontro realizado em Nassau. Nos Emirados Árabes Unidos foram duas apresentações em períodos distintos, uma realizada em Dubai, durante a The Big 5, e outra em Abu Dhabi. Verona, na Itália, e Londres, no Reino Unido, também foram contempladas neste primeiro roteiro de divulgações presenciais. Além disso, aconteceu uma apresentação virtual para especificadores chineses.
Vice-presidente do Centrorochas, o empresário Fabio Cruz, mediou vários encontros com objetivo de divulgar o potencial do setor de rochas para o mercado internacional. “Foi uma oportunidade única. Mesmo sendo líder em geodiversidade mundial, as rochas brasileiras sempre surpreendem. Seja pelo tamanho e potencial do mercado, seja pela capacidade tecnológica de produção ou até mesmo pela sustentabilidade dos processos”, destacou o especialista. Em tempo, mais de 95% de toda a água utilizada no processo produtivo é totalmente reaproveitada. No setor brasileiro ainda, os resíduos da produção são utilizados ou destinados para depósitos licenciados.
Mais de 1.200 variedades de rochas
“Um dos pontos altos das apresentações é quando mostramos um pouco da gigante diversidade das rochas brasileiras. Sem sombra de dúvida, nossos materiais surpreendem pelas cores, texturas, padrões e qualidade de acabamento”, destaca o especificador internacional de rochas ornamentais, Paulo Giafarov, que também conduziu algumas apresentações no período destacando as possibilidades de uso e criação com as os materiais brasileiros.
Um dos profissionais impactados pelas apresentações, o sócio-gerente e líder de design da BKV Group, de Chicago, Robert Muller, saiu do encontro inspirado para utilizar rochas brasileiras em seus projetos. “É inacreditável a vasta quantidade de diferentes e lindas pedras que estão disponíveis no Brasil. Isso, definitivamente, abriu minha mente para novas possibilidades, para como eu posso usá-las em meus projetos. São inúmeras possibilidades e espero que oportunidades surjam futuramente”, declarou.
Rogério Ribeiro, gerente do projeto setorial, Vivian Coser, arquiteta e designer brasileira, e o empresário Gonsalo Machado também fizeram parte do corpo técnico das palestras ao longo do período. No início do ano, o Centrorochas realizou uma seleção de profissionais para somarem ao quadro de especialistas capazes de fazer a promoção das rochas naturais brasileiras e, em breve, outros nomes estarão integrando essas ações de divulgação.
Conhecendo o setor brasileiro
Quarto maior produtor mundial e quinto maior exportador, o Brasil conta com outras iniciativas para promoção de suas rochas naturais, mas de maneira inversa. Convidando especificadores e formadores de opinião internacional para viverem uma “experiência de Brasil” associada às rochas ornamentais, o It’s Natural – Brazilian Natural Stone realiza os projetos Imagem e Designer in Brazil. Neles, jornalistas, arquitetos e designers de renome internacional têm a oportunidade de visitar pedreiras, indústrias e obras realizadas com rochas, além de vivenciar um pouco da música e culinária brasileira.
O premiado arquiteto norte americano, Samuele Sordi, arquiteto-chefe da Pininfarina nas Américas, fez parte do grupo convidado pelo projeto setorial de rochas brasileiras para conhecer o arranjo produtivo nacional e ainda visitar a Vitoria Stone Fair, uma das maiores feiras do segmento das Américas, e ficou impressionado com a riqueza e singularidade das rochas naturais brasileiras. “Foi uma experiência incrível conhecer a singularidade dos materiais brasileiros. Eu não sabia muito bem antes de vir aqui”, afirmou o profissional após a visita realizada em fevereiro deste ano. “As rochas brasileiras são muito inspiradoras, suas cores, diferentes nuances e texturas. Tenho certeza de que usarei muito no futuro. É algo inesperado e incomum”, completou.