Observa-se um maior número de casos de gripe, bronquiolite, resfriado comum, além de infecções bacterianas como sinusite, pneumonia e meningite
O inverno começou, oficialmente na última terça-feira (20), e durante os meses dessa estação nota-se um aumento de casos das doenças típicas da época mais fria. “É muito comum o aumento de síndromes respiratórias no inverno, que podem ou não ser causadas por infecções. Doenças como rinite, asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) tendem a piorar em épocas de frio”, explica a infectologista Ana Carolina D’Ettorres.
Infecções respiratórias virais como gripe, bronquiolite, resfriado comum, mas também bacterianas, como sinusite bacteriana, pneumonia e meningite também costumam aparecer mais. “Essas doenças estão muito relacionadas aos hábitos que adotamos no inverno, como, por exemplo, ficar em locais de baixa circulação de ar e mais próximos de outras pessoas. Há ainda uma tendência de ressecamento de mucosa nasal, o que acarreta na perda dessa barreira natural à infecção”, diz a especialista.
Para aqueles que costumam buscar combos de remédios nas farmácias para tratar as síndromes respiratórias por conta própria, a infectologista alerta que não é a melhor solução. “Não é recomendada a automedicação. Caso apresente sintomas o ideal é que a pessoa passe por uma avaliação médica para ter o diagnóstico e assim tratar de forma adequada”.
Sistema imunológico forte
O fortalecimento do sistema imunológico, que ajuda o organismo a combater doenças, envolve uma alimentação saudável com alimentos frescos, exposição de sol diária, prática de atividade física diária e boa ingestão de água. Lavar as mucosas nasais com soro é uma forma de mantê-las umidificadas para que funcionem como barreira natural à infecção também.
Crianças e idosos são os mais vulneráveis nesta estação devido às características de seus sistemas imunológicos. “Temos vacinas para gripe, covid e pneumonia, que reduzem tanto a incidência quanto a gravidade dos quadros. Além disso, devemos adotar medidas comportamentais como manter hábitos saudáveis, buscar ambientes com troca de ar recorrente, evitar contato com pessoas doentes, e procurar avaliação médica para um tratamento adequado quando acometido por alguma enfermidade”, salienta Ana Carolina.