Tenho sido cobrado pelos ilustres leitores em relação à política cachoeirense. A turba quer fato novo todo dia, como se alguma bomba estivesse perto de explodir e mudar o cenário atual. Sinto muito, mas até o final do ano pouca coisa vai se modificar em termos eleitorais por aqui.
O que se tem está posto na mesa: um acordão entre os três valetes – ou mosqueteiros, se assim lhe prouver – com prazo de validade em junho de 2024. Se perdurar, dali provavelmente sairá a candidatura mais robusta de Cachoeiro. Juntos, são de fato como as personagens de Alexandre Dumas. Mas falta o D’Artagnan.
Todos sabem que falo dos deputados Dr. Bruno Resende (União), Allan Ferreira (Podemos) e do advogado Diego Libardi (Republicanos). Tem mais, não acredito que qualquer um deles será vice do outro. Não faz qualquer sentido. A solidez dessa união está presa por um fio de bigode e não a uma aliança de casamento.
Nesse caso, a vaga de vice estaria em aberto, abrindo caminho para o prefeito Victor Coelho colocar a mão na massa. Alguns membros do seu primeiro escalão estão em campo. Fala-se de Lorena Vasques, Márcia Bezerra e mesmo do Coronel Guedes. Este último já provou ser confiável. Tal qual o general Mourão, com Bolsonaro.
Muitos cobram do Guedes os votos que dizem não ter. Ora, impossível garantir que outro liderado de Victor os tenha, já que não foram testados no fogo da batalha. Aliás, só o coronel, assim mesmo na condição de vice. O resto são meras especulações colhidas nos jardins de Versalhes.
Pode até parecer estranho, mas, nesse caso, quem tem mais necessidade de demonstrar força é o prefeito. É dele a responsabilidade de fazer o sucessor ou, na melhor das hipóteses, participar com voz ativa dessa costura. Diria que Victor é a tradução do D’Artagnan para a Paris capixaba, hoje desprovida de sua torre.
Por fim, o sucesso ou insucesso desta empreitada pode definir o futuro político de Victor Coelho. Melhor dizendo, pode abrir um caminho que o definirá como sendo o rei Longevo, como o próprio Ferraço, ou, o Breve.
Até!