O deputado estadual Fabrício Gandini deixou o Cidadania, partido que presidiu em Vitória e no Estado. O ato de desfiliação foi seguido da entrega de uma carta ao presidente nacional da legenda, Roberto Freire, em que o parlamentar relata momentos que viveu no partido e agradece os filiados pela oportunidade de “crescer e aprender”.
“Posso testemunhar, pelo que vivi em todo esse período de 18 anos, que o Cidadania é um partido de homens e mulheres honrados, pessoas decentes, que querem um país melhor e que lutam intensamente para que isso ocorra. Dei a minha contribuição!
Como dirigente, levamos o partido a ter representantes em todas as esferas”, declarou Gandini, que lembra ter acumulado mandatos – , três de vereador em Vitória e dois de deputado estadual – no Cidadania.
Sobre o seu futuro político, o deputado – que já manifestou interesse em concorrer à Prefeitura de Vitória mais uma vez – disse apenas que “precisa recomeçar, ir ao encontro de algo novo, diferente do que já viveu e com novas perspectivas”. Ele mantém conversas com o PSD, que no Estado é presidido pelo ex-deputado Renzo Vasconcelos.
Leia a carta do deputado Gandini na íntegra:
UM RECOMEÇO
Lembro como se fosse hoje da minha primeira reunião nacional, no Rio de Janeiro, como filiado do partido Cidadania, naquele momento ainda chamado PPS. Em meio ao escândalo do mensalão, os filiados, numa reunião que durou aproximadamente 12h, decidiram, com o meu voto, não mais participar do governo que tinha um ministro como representante naquele momento.
Minha filiação aconteceu no dia 20 de setembro de 2005, na Assembleia Legislativa, com a ilustre presença do então presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, a convite do presidente estadual do Cidadania no Espírito Santo, Luciano Rezende.
Tive a honra de ser o presidente do Cidadania na minha cidade, Vitória, e presidente estadual por muitos anos, além de membro do Conselho de Ética Nacional do partido. Todos os meus mandatos, três de vereador em Vitória e dois de deputado estadual, foram pelo Cidadania.
Posso testemunhar, pelo que vivi em todo esse período de 18 anos, que o Cidadania é um partido de homens e mulheres honrados, pessoas decentes, que querem um país melhor e que lutam intensamente para que isso ocorra. Dei a minha contribuição! Como dirigente, levamos o partido a ter representantes em todas as esferas.
Hoje, encerro um ciclo importante na minha vida. Sou e serei eternamente grato a todos que me concederam a oportunidade de crescer e aprender. A palavra que quero deixar para aqueles com quem troquei experiências no Cidadania é: OBRIGADO!
Acredito que neste momento de grandes mudanças na política, eu preciso recomeçar, ir ao encontro de algo novo, diferente do que já vivi e com novas perspectivas. E como escreveu Bráulio Bessa, no poema Recomece:
“…É preciso de um final pra poder recomeçar…Recomece, se refaça, relembre o que foi bom, reconstrua cada sonho, redescubra algum dom…”