Oncologista Drª Sabina Aleixo (foto principal) destaca a vacina contra o HPV como principal medida preventiva ao câncer do colo do útero
O câncer de colo do útero, também conhecido por câncer cervical, é causado principalmente pela infecção persistente provocada por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV), chamados de tipos oncogênicos. De acordo com o registro hospitalar do Hospital Evangélico de Cachoeiro, nos últimos quatro anos foram registrados cerca de 277 novos casos de câncer do colo do útero, o que equivale a uma média de 69 novos casos por ano e 5 novos casos por mês. Estes números, ainda em fechamento para a base do Instituto Nacional do Câncer (INCA), poderão sofrer alterações.
Fatores de risco
Alguns fatores podem acarretar o aumento dos riscos de uma mulher desenvolver o câncer do colo do útero: infecção pelo papilomavírus humano, histórico sexual, tabagismo e uso prolongado de pílulas anticoncepcionais são alguns dos principais fatores associados.
Prevenção
A transmissão da infecção ocorre por via sexual. Sendo assim, a prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada, deverão fazer o exame preventivo periodicamente.
A oncologista Drª Sabina Aleixo (foto principal) destaca a vacina contra o HPV como principal medida preventiva ao câncer do colo do útero: “A principal forma de prevenção primária, que busca evitar o surgimento da doença, é a vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV). É importante os pais levarem seus filhos entre 9 e 14 anos para se vacinarem, uma vez que a vacina do HPV é considerada uma estratégia de prevenção e redução de diversas doenças”, afirma a oncologista.
A vacina HPV quadrivalente é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, assim como para homens e mulheres transplantados, pacientes oncológicos e vítimas de violência sexual.
Sintomas
Os sintomas do câncer do colo do útero podem variar de acordo com a condição de cada paciente podendo ser até assintomática no início da doença.
“Durante o avanço da doença a paciente pode sentir dores em baixo ventre, ter sangramento vaginal anormal, queixas urinárias, intestinais, cansaço, dor lombar e perda de peso. Esses sintomas são também comuns a outras doenças. Caso apresente algum desses sintomas, procure orientação médica”, ressalta a oncologista.
Tratamento
O tipo de tratamento depende do grau de evolução da doença e indicação médica. O tratamento cirúrgico consiste na retirada do tumor e de áreas próximas afetadas pela doença. Já a quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam um tumor ou se multiplicam desordenadamente. A radioterapia é um tratamento no qual se utiliza-se radiações ionizantes para destruir as células do tumor ou impedir que elas aumentem.
“A maioria dos casos tratados no Hospital Evangélico de Cachoeiro são os casos avançados que precisaram ser encaminhados, pois no estágio inicial o tratamento não necessariamente precisa ser feito no serviço terciário”, ressalta a Dra. Sabina Aleixo.
Hospital Referência
O Hospital Evangélico de Cachoeiro (HECI) é referência no tratamento oncológico clínico e cirúrgico, atendendo pacientes de toda região Sul Capixaba, ofertando um serviço completo de oncologia, radioterapia, quimioterapia e braquiterapia além das cirurgias oncológicas. Pioneiro na região, o serviço de oncologia conta com um corpo clínico qualificado.