Andando e escrevendo por aí, agradando e desagradando, vou. Sem muita competência e talento, na seriedade da lida com a vida, gosto de rir e divertir gente. Trago essa sina herdada do meu pai.
Sem risos e humor a vida não tem graça. Para mim, brincar é coisa séria. Já, o choro, quando vem, mesmo sabendo que é necessário e importante, não agrado permanecer nele.
Hoje, cedinho, acordei e escutei reggae. Um ritmo que gosto muito. Do nada, levantei e dancei com liberdade. Na platéia, quatro paredes, o guarda-roupa e a cama.
O travesseiro, que sabe de mim, folgado e sacana, recostou feliz na cabeceira. E, incrédulo, assistiu o meu desempenho na aurora matinal, acompanhado pelo alegre coral de bem-te-vis maratimbas.
Manhã chuvosa de quarta-feira, tempo bom e agradável, o cúmplice dia amanheceu feliz. Eu, sem ter culpa no cartório, dívida para pagar e dinheiro para gastar, de graça vivo e bato palmas pra maluco dançar.