Esses lamentáveis acontecimentos têm dado pano pra manga. Sem ser advogado, doutor em leis ou uma pessoa exemplar, com telhado de vidro, não atiro pedras em ninguém.
Pelos meus caminhos percorridos, tive atração por mulheres que não quiseram se envolver comigo. Mesmo com tesão e frustrado, ficava na mão e respeitava.
Em um grupo de amigos no whatsapp, opiniões convictas e divergentes foram debatidas sobre esses constrangedores episódios. Não me contive, meti a colher e dei minha opinião: – O estupro é inaceitável, imoral e covarde.
Um amigo advogado logo me perguntou: – E se o estuprador fosse seu filho? Respondi: a lei é para todos.
E não consigo pensar neles tendo essa atitude. Como jogadores, admirava os dois. Mas em sociedade, como cidadãos, somos subjugados às leis. Elas defendem e preservam a justiça.
Ah, mas essas moças são espertas, vividas e até prostitutas. E daí? Como a lei, o respeito também é para todos. E elas têm o direito de querer abrir às pernas ou não.
Felizmente todas essas opiniões e quereres não estão acima da justiça. Isso muito me consola. Estarrecido, leio e escuto opiniões coniventes, insensíveis, desrespeitosas e covardes.
E eu, acreditando na justiça e no respeito, sem estuprar nenhuma mulher, incondicionalmente, amo meu filho.