De acordo com o médico infectologista Luis Henrique Borges, tudo indica que a criança tenha sido vítima de meningococcemia em função da evolução rápida da doença
Uma menina de três anos morreu em Cachoeiro de Itapemirim menos de três horas após começar a passar mal. Segundo familiares, Angela Isadora Silva Gomes teve um dia normal até sentir febre por volta de 21 horas da última terça-feira (30). Às 23h30, ela não resistiu e morreu.
Médicos suspeitam de meningite, que é a inflamação da meninge, a membrana que reveste o cérebro ou meningococcemia, infecção bacteriana rapidamente fatal, pois atinge a corrente sanguínea.
O Hospital Infantil, onde a criança estava internada, aguarda resultado do exame. O atestado de óbito apontou para parada cardíaca e choque séptico, como causa morte.
Angela foi sepultada ontem, por volta de 15 horas, no cemitério do bairro Coronel Borges, em Cachoeiro.
De acordo com o avô, o funcionário público Sebastião Apolinário Filho, 56 anos, a neta não apresentou sintomas. “Ela acordou bem, brincou o dia todo, tomou café, almoçou, fez o lanche à tarde. Só por volta de 21 horas começou a ter febre”, relembrou.
Segundo Sebastião, a avó Angela Maria Gomes, que cuida da criança, deu remédio para baixar a temperatura, mas a febre não cedeu.
Por volta de 22h a família procurou o Pronto Atendimento Infantil (PAI) do bairro Aquidaban, que transferiu a criança para o Hospital Infantil. Ela teve parada cardíaca. “Tentaram reanima-la, mas não teve jeito”, lamentou o avô.
A Secretaria de Saúde de Cachoeiro informou que deu início ao protocolo de profilaxia. Familiares e outras pessoas que tiveram contato com a menina vão receber medicamento a partir de hoje para evitar possível contaminação.
De acordo com o médico infectologista Luis Henrique Borges, tudo indica que a criança tenha sido vítima de meningococcemia em função da evolução rápida da doença.
“É provocada pela mesma bactéria que causa a meningite, só que evolui para a sepse – a invasão da corrente sanguínea – e pode ser fulminante”, explicou o especialista.
Ele explica que a melhor maneira de prevenir tanto a meningite quanto a meningococcemia é por meio de vacina, que é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas campanhas de vacinação. fonte: tribunaonline /portaldenoticias24horas