Dom Justino marcou presença no encerramento da festa de São José de Anchieta e destacou a importância do legado jesuíta para o país
Este ano, o Santuário Nacional de São José de Anchieta comemorou os dez anos da canonização de São José e os 490 anos do nascimento do santo jesuíta. Foram 16 dias de festividades, incluindo novenas, acolhimento dos peregrinos dos Passos de Anchieta, apresentações culturais locais, lançamento de uma música em homenagem ao santo, romarias, quermesse e shows. A celebração contou ainda, neste domingo (9), com a presença do vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom João Justino, que destacou a importância do legado jesuíta para o Espírito Santo e para o Brasil.
“Estamos diante de um santo conhecido como o Apóstolo do Brasil, canonizado há 10 anos. Sua história remonta ao início da evangelização no Brasil, destacando a atuação dos jesuítas, especialmente José de Anchieta, que viveu sua missão no século XVI. Anchieta deixou marcas muito fortes, e sua canonização, apesar de tardia, ajudou à Igreja no Brasil a descobrir a riqueza do patrimônio missionário, evangelizador e catequético que ele deixou”, assinalou o vice-presidente da CNBB.
Dom Justino destacou ainda que São José de Anchieta representa a concentração de carismas numa única pessoa. “Seu empenho na evangelização e a preocupação com a educação são algumas de suas marcas. Alguns dizem até mesmo que ele poderia ser o patrono da educação, da fé e da catequese. É possível olhar para Anchieta e descobrir muitas inspirações”, disse o bispo, que chegou na manhã de domingo no Santuário e aproveitou para conhecer o museu.
As celebrações começaram no dia 25 de maio com a tradicional Romaria Luminosa, que partiu de Ubu em direção ao Santuário, marcando o caminho onde o corpo de São José caiu, simbolizando a importância da caminhada. A primeira novena teve início no dia 29 de maio e se estendeu até 8 de junho. A cada dia da novena, a missa era presidida por um padre convidado e contava com a participação de diversas paróquias do Espírito Santo, incluindo Guarapari, Piúma, Alfredo Chaves e Meaípe. Após as missas, todos os dias havia uma quermesse, proporcionando momentos de confraternização para os fiéis.
Os momentos de oração, novenas, procissões e celebrações litúrgicas foram vivenciados com intensidade e muita fé pelos presentes, ressaltando a importância e a relevância da devoção a São José de Anchieta, de acordo com o reitor do Santuário, Pe. Álvaro Negromonte: “A festa deste ano foi marcada pelos encontros. Daqui do Santuário, assistimos ao encontro do mar com o rio, o encontro de pessoas vindas de muitos lugares e diversas paróquias. Esperamos que o legado de São José de Anchieta continue inspirando esses encontros, proporcionando às pessoas a oportunidade de se abrir para novas experiências no Santuário”, disse.
Durante os dias de celebração, o Santuário recebeu centenas de visitantes vindos de diversas partes do país, todos em busca da bênção de São José de Anchieta. Entre essas pessoas, muitas com histórias tocantes de superação, de cura e de encontros transformadores com a vida espiritual do santo jesuíta.
Pe. Álvaro Negromonte acrescenta: ”E, para quem ainda não conhece, o Santuário está localizado no ponto mais alto da cidade de Anchieta, sobre uma pedra, e oferece um ambiente de graça, ânimo e liberdade. É um lugar onde se pode considerar a ação de Deus e sair renovado, em paz e tranquilo.”
Os festejos em homenagem a São José de Anchieta se estenderam ao longo de todo o domingo. As celebrações começaram, às 9h, com adoração ao Santíssimo no Santuário. Às 14h, houve a exibição do Projeto Viva Anchieta, seguida pela missa solene de encerramento dos festejos às 16h. Encerrando o dia com um show do Dunga às 17h.