Embora o verão ainda esteja distante, a Secretaria de Saúde de Cachoeiro (Semus) alerta para os riscos associados ao bronzeamento artificial, que muitas pessoas ainda buscam como forma de manter a pele bronzeada durante o ano. O procedimento possui diversas técnicas que podem ser realizadas em clínicas devidamente licenciadas, sem a necessidade de exposição aos raios ultravioletas.
Entre os métodos permitidos estão: o bronzeamento a jato, que deve ser feito em clínicas de estética, onde o produto bronzeador é colocado em um pulverizador; o bronzeamento com cosméticos, com produtos bronzeadores, também chamados de autobronzeadores, em forma de creme ou spray; e o bronzeamento com fitas, que também utiliza produtos cosméticos e a luz solar como catalizadora, que também é considerada técnica de bronzeamento artificial.
Entretanto, desde o ano de 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso de câmaras de bronzeamento artificial para fins estéticos, no Brasil, devido aos sérios riscos à saúde. A proibição das câmaras foi reforçada por recentes decisões judiciais, baseadas em evidências científicas que demonstram a alta periculosidade da radiação ultravioleta (UV) emitida por esses equipamentos. A Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou essa radiação como cancerígena para humanos.
A exposição à radiação UV, nas câmaras de bronzeamento, pode causar danos significativos à pele, aumentando o risco de câncer, incluindo melanoma, o tipo mais agressivo. Além disso, a exposição frequente pode levar ao envelhecimento precoce da pele, queimaduras graves e danos oculares. Diante da impossibilidade de garantir um nível seguro de exposição, a Anvisa proibiu o uso dessas câmaras para fins estéticos no Brasil.
Para aqueles que desejam manter um bronzeado saudável e seguro, a Secretaria de Saúde recomenda métodos alternativos e regulamentados. A pasta destaca a importância de procurar estabelecimentos que sigam as diretrizes da Anvisa. Para obter um alvará de funcionamento, esses locais devem cumprir normas rigorosas, como a manutenção regular dos equipamentos, o treinamento adequado dos profissionais e a obrigação de fornecer informações claras e compreensíveis aos clientes sobre os procedimentos e os cuidados necessários.
O secretário de Saúde em exercício, Gedson Alves, enfatiza que a proteção da saúde deve ser a prioridade. “O bronzeamento artificial é totalmente possível e a atividade é legal, desde que seja realizada com as técnicas liberadas pela Anvisa. A única técnica proibida é a que utiliza câmaras de bronzeamento por emissão de luz (raios) ultravioleta. Atentar-se a essas informações são passos essenciais para evitar danos à saúde a longo prazo”, afirma.
Detalhes sobre as diretrizes da Anvisa e a regulamentação de serviços de bronzeamento também estão disponíveis no site oficial da agência, bem como suas resoluções e documentos oficiais.