Espírito Santo criou, ao todo, 3.812 vagas de carteira assinada. No 1º semestre, foram mais de 29 mil postos de trabalho
Os setores de comércio e serviços do Espírito Santo foram responsáveis por criarem 2.218 empregos formais em junho, com destaque para 1.476 ocupações de carteira assinada no segmento de serviços. Outra área relevante foi a indústria, com 1.231 postos de trabalho. Incluindo a construção civil (363 vagas), houve 3.812 novos empregos no estado. Mas, com a agropecuária tendo 3.671 demissões, houve um saldo de 141 admissões no mês.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sendo a análise dos dados capixabas realizada pela Assessoria Econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), a Equipe Connect.
O saldo de 141 empregos capixabas representou uma redução de 77% em relação ao registrado no mesmo mês (614) em 2023. Comparando os saldos de empregos entre 2023 e 2024 para os meses de junho, observou-se um desempenho negativo em quase todos os setores: construção civil (-53,2%), serviços (-28,5%), comércio (-20,6%) e agropecuária (-6,0%). O único setor positivo no mês foi a indústria (+64,5%).
Também foi feita a comparação dos saldos de admissões e demissões mensais em 2024. Com isso, pôde-se observar que, desde janeiro, a criação de empregos vinha crescendo no estado, com um pequeno recuo em maio, com 7.587 empregos em comparação às 8.183 vagas de abril, chegando à queda de junho, com 141 serviços formais.
O levantamento apontou ainda que, durante todo o primeiro semestre, foram criados 29.914 empregos de carteira assinada no estado, com o setor de serviços mantendo o destaque, tendo a criação de 13.500 postos de trabalho. O número total aponta um leve crescimento (0,3%) ao compará-lo com o dado do mesmo período do ano passado (29.834).
Da quantidade de empregos registrados em junho, os dados do Caged indicam que 904.242 moradores do Espírito Santo fazem parte do mercado de trabalho formal, sendo que 70,6% dos trabalhadores com carteira assinada atuam no comércio de bens e serviços (45,5% no setor de serviços, com 411.388 profissionais, e 25,1% no comércio, tendo 227.090 pessoas).
As pesquisadoras responsáveis pelo Eixo Observa do Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio e Revieni Zanotelli, analisaram todos os dados do Espírito Santo. Ana Carolina explicou a estabilidade do mercado de trabalho formal em junho, após o estado criar empregos com significativos saldos mensais desde janeiro.
“Historicamente, junho é um mês de ajustes no qual acontece uma baixa nas contratações. No entanto, ele registrou o menor saldo desde 2020, início da nova série histórica e quando o contexto era pandemia. Para os próximos meses, incertezas em relação à economia podem frear impulsos mais significativos nas contratações, embora, em contrapartida, seja o período do ano em que as empresas começam a se preparar para as vendas de final de ano e precisam manter ou aumentar o quadro de funcionários. A perspectiva é de que, à medida que o cenário econômico se desenrole de forma mais favorável, o mercado de trabalho formal deverá movimentar com maior ritmo”, ponderou Ana Carolina.
Dados por municípios
Também foram avaliados os dados mensais de criação de empregos por município. Segundo o Caged, em junho, o município de Aracruz liderou a geração de serviços formais no Espírito Santo, com um saldo de 716 novos postos de trabalho, seguido de Vitória (685), Vila Velha (373), Serra (285), Anchieta (129) e Cachoeiro de Itapemirim (121). Já nos primeiros seis meses do ano, Serra foi responsável pela maior geração de empregos (4.144), seguido por Vitória (3.957), Vila Velha (3.573) e Linhares (2.452).
A pesquisa pode ser acessada na íntegra na aba do Connect, no site da Fecomércio-ES: https://fecomercio-es.com.br/.