Despretensioso, fechei o portão, caminhei e fui ali comprar pão de queijo. Sem avisar, os pensamentos e sentimentos dominadores chegam incontroláveis, dirigindo meu pensativo caminhar.
Tinha o costume de andar ligeiro, exigência das caminhadas passadas. Hoje, vigio os passos reflexivos. Pelo caminho contemplo pegadas já caminhadas com rastros e histórias deixados nos destinos.
Acompanhado dos inseparáveis pensamentos, caminhamos ao encontro de mim. Desprevenido, tento fugir do encontro não marcado. Mas a mente reflexiva me põe à caminho.
Encontro a infantil meninice. Saudosa, me abraça liberta e sem rugas. Encorajado pelo Senhor Tempo, sigo adiante. A juventude destemida, se aproxima, festiva e calorosa. Relembramos e achamos graça da nossa feliz e aventureira cumplicidade. Amoroso e zeloso, o Senhor Tempo segura a minha mão.
Terça-feira à tarde, véspera do aniversário de Beto, meu irmão, fui à sua casa na Fazenda da Prata, município de Castelo. Na quarta-feira cedo, pegamos às éguas Caprichosa e Estrela, colocamos às selas, montamos e passeamos agradecidos pela amizade concedida pelo tempo.