Numa grande mobilização em frente à Prefeitura de Anchieta, realizada pelos professores da Rede Municipal de Ensino, nesta quinta-feira (22), os servidores da Educação tentaram entregar ao prefeito Fabrício Petri (PSB) uma pauta de reivindicações com direitos que consideram básicos para o exercício da profissão. Entretanto, o prefeito não atendeu aos pleitos da categoria e ainda evitou o contato com os manifestantes.
Na lista de reivindicações constam pedidos como reposição salarial, igualdade de vencimentos entre efetivos e contratados, melhores condições de trabalho e pagamento do piso salarial da categoria, entre outros.
Sem conseguir abrir o diálogo com o Executivo Municipal ou ter suas reivindicações acatadas pelo Poder Público Municipal, os servidores decidiram, em plenária realizada pelo Sindicato dos Professores do Estado do Espírito Santo (Sindiupes), que o estado de greve da categoria deve continuar. Também foi convocada uma outra manifestação para dia 09 de setembro. Os professores querem uma sinalização do prefeito no sentido de que suas propostas sejam atendidas.
Concurso
Na manifestação de ontem, que contou com o apoio de um trio elétrico e distribuição de panfletos, além de muitas bandeiras, também foi cobrada a realização do concurso público, uma vez que nos quase oito anos da administração de Fabrício Petri não houve qualquer certame no município visando a recomposição do quadro de servidores efetivos.
Os vereadores Professor Robinho (União Brasil) e Márcia Cypriano Assad (Podemos), que são professores, prestigiaram a manifestação e, na próxima sessão da Câmara Municipal de Anchieta, na terça feira (27) prometeram fazer declarações em apoio à causa dos profissionais da educação anchietense.
Entenda o caso:
No início do mê de agosto, professores da Rede Municipal de Educação de Anchieta começaram uma mobilização visando a paralização da categoria. Os professores reivindicaram o cumprimento do piso nacional do magistério e o pagamento retroativo das progressões do plano de carreira dos servidores municipais.
A insatisfação dos professores inclui ainda a falta de materiais de trabalho e o tratamento desigual entre os servidores efetivos e aqueles contratados (DTs), que recebem um valor menor do tíquete alimentação.
O movimento conta com apoio do principal sindicato da categoria, o Sindiupes, bem como do Sindisaúde, que emitiu na ocasião uma nota de apoio aos professores. O Sindicato dos Servidores da Prefeitura e da Câmara Municipal (Sifa) também se posicionou a favor do movimento de paralização, conforme apurou, no dia 9 de agosto, a reportagem do Portal de Notícias 24 Horas.
Na ocasião, a coordenadora do Sindiupes, professora Leide Morais, reforçou a necessidade de adesão dos profissionais da educação de Anchieta à reivindicação dos seus direitos. “Este é um momento significativo para a educação no município, com a comunidade escolar se unindo para lutar por melhorias nas condições de trabalho e nos direitos dos profissionais da educação”, observou a professora.
Fontes: Sindiupes e Anilson Ferreira TV