Após ser reeleito de forma unânime com 30 votos, o presidente da Assembleia Legislativa (Ales), deputado Marcelo Santos (União), atendeu os repórteres em coletiva de imprensa. Confira abaixo alguns dos assuntos debatidos:
Apoio de Casagrande
O apoio do governador foi muito importante, demonstrou o que a própria base já havia demonstrado, o sentimento de continuidade. Somos um Poder autônomo e independente, mas harmônico. Numa Casa política, principalmente num período com as eleições se avizinhando, é natural que todos os Poderes e instituições tenham preocupação. Ao desarrumar a Assembleia Legislativa você alcança imediatamente o Executivo. Se você desarranja essa relação ela desce para todos os Poderes e instituições. A vontade da Assembleia foi pela continuidade da gestão e o governador orientou a base.
Comissões
Vamos iniciar a partir da semana que vem, talvez na quarta, as duas comissões que têm tramitação fundamental: Justiça e Finanças. As demais vamos estabelecer o número de integrantes das comissões, porque a Mesa Diretora estabelece se vai continuar, ampliar ou diminuir. Algumas comissões têm número em excesso e não há uma participação efetiva, prejudicando deliberações. Vamos fazer uma reunião com os colegas deputados para deliberar sobre isso e fazer a eleição das comissões.
Debates eleitorais
A baliza é o respeito. As críticas e elogios podem acontecer, mas tem limite para tudo. Você não concordar com uma administração faz parte do processo e, naturalmente, o parlamentar vai se manifestar aqui. Nós temos um acordo, que deveria acontecer nas demais Casas brasileiras, como o Congresso Nacional, de não perder o respeito, principalmente, por alguém que não pode se defender.
Concurso público
O concurso, em breve, vamos publicar (o edital), temos um ajuste final na questão da avaliação do Congresso Nacional, que acabou de azeitar. Possivelmente, teremos o concurso publicado já em março. É importante para oxigenar nossas comissões e um pedaço da administração da Casa.
Teremos aposentadoria incentivada, tem alguns servidores que vão participar, o que abre novas vagas e teremos, talvez, mais adiante, um segundo concurso.
Reformas na Casa
Queremos fazer reformas mais profundas. A questão do ar-condicionado, o sistema não funciona e vai colapsar a qualquer momento. Vamos ter que comprar um novo ar-condicionado porque esse não fabrica mais, até peça de reposição é muito difícil. Vamos fazer uma reforma no plenário e na parte administrativa. Do lado de fora temos pastilhamento caindo, um até atingiu um colaborador nosso.
Entregamos os gabinetes, foram modernizados. Alguns tinham dificuldade de atividade por conta de cabeamento, ar-condicionado e material totalmente ultrapassado.
Valorização dos servidores
Vamos valorizar os servidores, eles estão integrados à gestão, fazendo um trabalho bacana para que os parlamentares tenham uma condição legal, assim como as comissões e a Assembleia. Vamos dialogar (sobre reajuste) com o sindicato.
Divisão de poderes
Nenhuma tomada de decisão como essa foi decisão única do presidente. Foi decidida no Colégio de Líderes, por maioria, e aprovada em plenário a resolução. Não há nenhum entendimento dos deputados em fazer qualquer mudança porque eles confiam em mim a gestão da Casa. (…) Fizemos uma gestão compartilhada. Vou propor uma reunião do Colégio de Líderes para fazer uma avaliação do caminho que vamos seguir e o que poderemos fazer para avançar. Poder ter alguma coisa que possam incluir mudança de pauta, como por exemplo, nas comissões reunidas, que nada nos afeta na Assembleia, pode prejudicar quem nos provoque a tramitação de uma matéria como urgência, como tivemos do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, que careciam de uma votação mais célere.
Arranjos Produtivos
Vamos fortalecer o Arranjos Produtivos nas parcerias que nós constituímos. A principal é o governo do Estado, que é quem disponibiliza os recursos nas parcerias com a Aderes, Incaper, Sebrae e as prefeituras. Vamos ampliar, ainda, o número de municípios alcançados e, consequentemente, de agricultores e agricultoras da agricultura familiar contemplados. Já conversamos com 20 mil e nossa meta é chegar a 50 mil. Nosso objetivo é que vire uma política de Estado e o Estado assuma essa política pública. Nós não levamos equipamentos ou recursos, mas o principal ativo é levar o conhecimento para o homem e a mulher do campo, para diversificar e não ficar dependente de apenas uma única cultura.