A constatação é de uma pesquisa feita pela Câmara de Dirigentes Lojistas da capital, que ouviu 166 comerciantes durante o mês passado
Cerca de 37% dos comerciantes de Vitória passaram a fazer vendas online durante a pandemia do novo coronavírus para evitar ou reduzir os prejuízos causados pela crise sanitária. A constatação é de uma pesquisa feita pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da capital, que ouviu 166 comerciantes durante o mês passado.
Ainda de acordo com a CDL, 19% dos entrevistados mudaram a forma de entregar produtos e 12% fizeram lançamentos para atrair clientes. Apesar do esforço, 60% dos lojistas acreditam que não será possível, até o fim do ano, reverter as perdas provocadas pela pandemia.
Uma loja de roupas femininas na Praia do Canto foi um dos estabelecimentos que aderiu à ferramenta online para alavancar as vendas nos últimos meses. A vendedora Danielle Ribeiro é que fica encarregada de divulgar as novidades pela internet e fechar as vendas online.
“A gente posta as fotos, as clientes fazem os pedidos e eu vou separando conforme elas querem. A gente tem hoje o delivery aqui no estado. Cada região daqui da Grande Vitória tem uma taxa e a gente entrega para a cliente em casa. E também a gente tem os Correios, que a gente envia para todo o Brasil”, destacou a vendedora.
Danielle conta que as redes sociais se tornaram vitrine da loja durante a pandemia e que atraem cada vez mais clientes, inclusive de fora do Espírito Santo. Ela afirma ainda que as vendas online atingiram recentemente o mesmo patamar daquelas realizadas presencialmente.
“Cresceu muito o online. Antes a gente nem tinha essa demanda. Postávamos lá, atendia alguma coisa para fora, mas nunca tivemos delivery. Se for pegar a comparação de lá para cá, cresceu muito a loja”, ressaltou.
Já a comerciante Heliane Bezerra, dona de uma outra loja de roupas femininas, localizada em Santa Lúcia, também em Vitória, conta que seu faturamento caiu pela metade nos últimos meses. A comerciante diz que nunca havia enfrentado um período tão desafiador ao longo de 25 anos de comércio.
“Eu sempre passei por crises. No Brasil, praticamente a gente tem uma crise atrás da outra. Mas essa foi bem complicada, porque a gente teve que ficar em casa, teve que ficar com a loja fechada e sem saber realmente o que fazer”, relatou.
Até o início da pandemia, Heliane nunca havia feito vendas online e admite que teve dificuldade para aprender. Ela apostou também na redução dos valores das peças para alavancar as vendas, mas, segundo ela, somente agora está vendo uma luz no fim do túnel.
“Eu tenho uma esperança de que a gente vai conseguir se reerguer novamente. Eu acho que o comércio vai se reerguer. Eu acho que a gente tem essa característica de ir para cima, de vencer”, afirmou. fonte: folhavitoria /portaldenoticias24horas