O ano vai terminando e a gente já começa a fazer o balanço. Ainda está no nosso retrovisor aquele verão com o lockdown, sem praia e futebol, comércio reclamando a rodo, muita cobrança por mais vacinas, que agora estão sobrando. Todos sobressaltados e irritados com o repique devastador da pandemia. A praga havia se espalhado de vez.
Não queria estar na pele do prefeito e do governador nesse período, quiçá no cangote do presidente. Pois bem, a partir de junho, a pauta foi mudando. Em Brasília, a CPI da Cloroquina ocupou o lugar do circo, sem pagar quaisquer royalties pelo uso do picadeiro. Por aqui, as medidas de restrição abrandaram. Tudo indicava que teríamos dias, digamos, menos acalorados.
Acontece que, com o inverno, veio a celeuma do IPTU. E esquentou o tempo novamente, dessa vez no lombo do prefeito. Alguns vereadores viram no imposto a oportunidade de tirar uma lasca, de agradar o eleitor. Fizeram muita pirotecnia com isso. O caso foi visado e revisado, até que houve um consenso. Melhor assim, para o contribuinte.
Agosto, setembro, e o gráfico de mortos pela praga passou a descer rapidamente, na mesma proporção que o da vacinação crescia. Bolsonaro, aos costumes, continuou levando tinta de tudo que é lado. No mais, vimos Lula saindo da toca e indo pra tocaia, o “calcinha” cada vez mais apertado e o guasca deixando o armário, de boa. Na sequência, Sérgio Moro botou as manguinhas de fora. Gente, por Deus, alguém aí arranque um sorriso daquele juiz!
Pois bem, passamos outubro e chegamos a novembro junto com a inflação. Big House retomou o fôlego e saiu das cordas. Ganhou projeção internacional com a questão ambiental. Foi até sondado pelos socialistas para voos mais altos, mas seu desiderato é mesmo manter o remo na bateia capixaba. Bolsonaro segue firme no timão da capitânia, procurando um porto seguro. Tá russo, capitão!
Por sua vez, em Cachoeiro, o prefeito vai conseguindo emplacar uma agenda positiva. Claro, com percalços. Os novos pontos de ônibus deram um ar de civilidade à cidade, assim como já vinha sendo feito com a repaginação de praças, ginásios, escolas e logradouros. Pena que a Justiça apagou a luz do túnel, deixando as ruas no breu. Não entro no mérito, mas que a segurança da população deveria vir em primeiro lugar, isso deveria.
Dias atrás, o Coelho tirou da cartola com um pacotão de 85 milhões de reais para investimento em obras estruturantes. É o maior aporte da história do município. Soma-se os 16 milhões para recapeamento de vias, já em andamento, e os 32 milhões previstos para macrodrenagem. Vai terminar o ano, como dizem os Narutos, em outra vibe. É o que esperamos. Esse negócio de torcer pra dar errado não é comigo. A caravana passa.
Até!