A partir da próxima segunda-feira, dia 1º, os olhares se voltam para a campanha “Setembro Dourado”, que tem como objetivo reforçar a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. A atenção aos sinais que o corpo emite contribui para que crianças e adolescentes iniciem o tratamento o quanto antes, o que pode elevar em até 70% as chances de cura.
Segundo o presidente da Acacci (Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil), Francisco Carlos Gava, a campanha amplia a consciência de pais e responsáveis quanto à identificação de possíveis sintomas que podem estar relacionados ao câncer. “O alerta também se estende a familiares e profissionais da educação, que podem desempenhar um papel importante na identificação precoce da doença”, afirma.
Os números mostram que o câncer é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de um (1) até 19 anos. No Espírito Santo, o cenário é ainda mais preocupante: a falta ou a interrupção do tratamento faz com que a taxa de mortalidade no Estado chegue a 46,9 óbitos por milhão de crianças e adolescentes, enquanto a média nacional é de 42,6, de acordo com o Panorama da Oncologia Pediátrica, do Instituto Desiderata.
Pais buscaram ajuda e iniciaram o tratamento
Há 37 anos, a Acacci oferece assistência integral aos pacientes infantojuvenis e suas famílias, com hospedagem, alimentação, transporte para o tratamento, acompanhamento psicossocial e atividades recreativas, artísticas e pedagógicas. Um trabalho que garante bem-estar e ajuda a reduzir os impactos da doença durante o tratamento.
Um exemplo é Miguel, de 15 anos, diagnosticado neste ano com osteossarcoma (tumor ósseo). A família mora em Governador Valadares e encontrou apoio na Acacci para enfrentar o tratamento.
“Miguel estava disputando um campeonato de futebol em Manhuaçu quando sentiu dores no joelho. A equipe o retirou do jogo e colocou gelo. No dia seguinte, ele voltou a jogar, mas as dores continuaram. Procuramos atendimento médico na unidade de saúde e fizemos raio-x e ressonância em novembro do ano passado. Em dezembro, por causa do recesso, não havia médico no hospital, e só conseguimos vaga com o ortopedista em janeiro”, relata a mãe, Irislene Carvalho Bazoni.
Ela e o marido, Maycoln Jonatan Gomes Santos, acreditavam tratar-se de uma lesão no joelho. “Achávamos que era apenas uma luxação ou rompimento de ligamentos. Mas, após indicação e ao procurar um oncologista em Vitória, recebemos o diagnóstico de um câncer maligno agressivo”, conta Irislene.
Ela afirma que o sentimento foi de desespero. “Nós ficamos muito abalados. Mas, com o tempo, ao conviver com outras crianças e famílias com o mesmo problema, vamos nos fortalecendo. O tratamento é fundamental. Estamos na luta para que a vitória chegue o mais rápido possível”, finaliza.
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