Um grupo de motociclistas saiu ontem de Anchieta disposto a percorrer cerca de 700 quilômetros até o Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida do Norte, São Paulo. A fé é o principal elemento que move os romeiros na 4ª Romaria dos Aventureiros da Fé.
A saída foi após um momento de oração, no Santuário Nacional de São José de Anchieta.
Em seguida, os motociclistas seguiram pela BR 101 passando por diversas cidades como Apiacá (ES), Bom Jesus do Itabapoana (RJ), Vassouras (RJ), Três Rios (RJ), Além Paraíba (MG), até chegarem à Rodovia do Aço, na BR 393, na altura de Volta Redonda (RJ).
A partir daí os romeiros percorrem mais 170 quilômetros pela rodovia Presidente Dutra até o santuário, que, com as paradas para descanso e alimentação, contabilizam quatro dias intensos de viagem.
A iniciativa começou em 2020 quando o empreendedor e um dos organizadores da motorromaria, Luiz Antônio Volponi, fez uma promessa à padroeira do Brasil pela cura do sogro, o senhor Sebastião Serafim Ricci, o Tatão. Na ocasião, ele e mais três amigos (Gilmax Porto, Gleicimar Pimenta e Téi Semedo) iniciaram a promessa.
“Fiz essa promessa ao visitar meu sogro no hospital. Ele estava hospitalizado e, prestes a passar por uma complicada cirurgia na cabeça. Lembro-me que, no momento de lucidez, ele afirmou: se fosse curado, iria conosco na garupa da moto. E, mesmo com a morte dele, resolvemos fazer a motorromaria porque, após essa promessa, ele apresentou uma melhora significativa, chegou a voltar para casa e compartilhar bons momentos em família, mas infelizmente não venceu a batalha. Porém, acreditamos que ele ficou vivo enquanto Deus permitiu”, explicou.
Segundo os organizadores, essa é a única motorromaria do Brasil que liga os dois santuários nacionais que homenageiam os padroeiros do Brasil: Nossa Senhora Aparecida e São José de Anchieta. Os devotos devem chegar ao destino e participar de uma missa no Santuário. Eles retornam para Anchieta no domingo, dia 10. Apesar do caminho difícil, Téi que participou das 4 edições do evento, gerente que vale o esforço.
“Só que quem abre o caminho é a mãe. A mãe que vai na frente. O filho ouve a mãe, a mãe impulsiona o filho, e assim vai. Vale a pena viver e, pela mãe, vamos novamente nessa jornada de agradecimento. Deus tem sido muito generoso conosco”, afirmou Téi, emocionado.
Fonte: Diocese de Cachoeiro