A causa exata da morte não foi divulgada
O sociólogo e professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Michel Misse, uma das vozes mais importantes do Brasil em estudos sobre violência e segurança pública, faleceu nesta quinta-feira (14), aos 74 anos. Nascido em Cachoeiro de Itapemirim (ES), Misse estava internado no Hospital Unimed Rio, na Barra da Tijuca, desde o final de julho, lutando contra um câncer de pulmão. A causa exata da morte não foi divulgada.
Trajetória de um Pesquisador Pioneiro
Michel Misse, que chegou ao Rio de Janeiro com apenas 16 anos, deixou um legado significativo na academia. Em 1999, ele fundou o Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana (NECVU/UFRJ), liderando o grupo de pesquisa até 2023. Sua obra, marcada por uma análise crítica e cuidadosa, influenciou gerações de pesquisadores.
Entre suas publicações mais notáveis estão “Malandros, marginais e vagabundos: a acumulação social da violência no Rio de Janeiro” (1999) e “O Inquérito Policial no Brasil: Uma Pesquisa Empírica” (2010). Além de seu trabalho como sociólogo, Misse ocupou cargos de destaque, como a direção do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ e a direção-geral da editora da universidade.
Militância e Paixões
Filho de imigrantes libaneses, Misse foi um ativista político na juventude. Como militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), foi preso e torturado em 1972, durante a ditadura militar. Anos depois, em 1981, ele foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Além de sua vida acadêmica e política, Misse era conhecido por sua paixão pelo Carnaval de rua, sendo um dos criadores do bloco Maracangalha.
Despedida
Michel Misse deixa a companheira, a socióloga Joana Vargas, três filhos (André, Daniel e Michel Filho) e os netos Laila e Antonio. O velório do sociólogo será realizado nesta sexta-feira (15), das 10h às 15h, no IFCS, no Centro do Rio. Em seguida, o corpo será cremado em uma cerimônia restrita a familiares e amigos.
Em uma nota de pesar, o Necvu destacou a contribuição de Misse para as teorias sociais e sociológicas, ressaltando o “gigantesco número de alunos e orientandos” que seguirão o legado de seu “pensamento arguto e lúcido”.
Com informações site G1



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