Empresário se entrega e confessa morte da esposa em Cachoeiro

O empresário Marcelo Fernandes, de 48 anos, principal suspeito de assassinar a esposa, a empresária Cláudia Cristina Fernandes, de 53 anos, se entregou na noite desta terça-feira (18 ), na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro de Itapemirim. O crime ocorreu no último domingo, 16 de novembro, no bairro IBC.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Felipe Vivas, Marcelo se apresentou espontaneamente após o horário de expediente. “Ontem à noite ele se apresentou na delegacia, já havia encerrado o expediente. Voltei, o interroguei, ele confessou. Não quis dar maiores detalhes, mas admitiu o crime. Ele estava na presença do advogado e foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim”, declarou o delegado.

O caso segue sob investigação pela DHPP.

Testemunha é ouvida e detalha o que viu

A Polícia Civil ouviu, na manhã desta terça-feira (18), uma testemunha-chave no caso da morte da empresária Cláudia Cristina Fernandes, de 53 anos, encontrada sem vida ao lado de um carro no bairro IBC, em Cachoeiro de Itapemirim, no domingo (16). O marido da vítima, identificado como Marcelo, é apontado pelos investigadores como o principal suspeito do assassinato e segue foragido.

Segundo o delegado Felipe Vivas, um homem de 33 anos procurou espontaneamente a delegacia para relatar que estava com a empresária instantes antes do crime. Ele afirmou ter conhecido Cláudia há cerca de uma semana pelas redes sociais e que os dois haviam combinado de se encontrar na noite de sábado (15). A testemunha ressaltou que o encontro tinha caráter apenas amistoso e que Cláudia havia contado estar passando por um processo de separação.

De acordo com o depoimento, Cláudia chegou ao ponto combinado dirigindo, com o homem no banco do carona. Ambos conversaram por alguns minutos até perceberem os faróis de uma caminhonete Hilux se aproximando. Ao reconhecer o veículo, Cláudia teria dito: “É o Marcelo.” O suspeito estacionou ao lado, aproximou-se da janela do carro e afirmou, em tom ameaçador: “Não falei que eu ia te pegar?”. Logo depois, voltou para a caminhonete.

Assustada, Cláudia pediu à testemunha que fugisse e saiu do veículo para falar com o marido. O homem correu e, segundos depois, ouviu um forte estrondo — barulho que, segundo o delegado, pode ter sido o momento em que a empresária foi atropelada.

As investigações revelaram ainda que os celulares de Cláudia e Marcelo foram encontrados abandonados em uma das empresas do casal. A Polícia Civil também identificou um histórico de violência doméstica, embora nenhuma ocorrência tenha sido formalmente registrada por Cláudia.

Apesar de a testemunha afirmar que Marcelo estava sozinho no momento do crime, a polícia não descarta a possibilidade de participação de outras pessoas.

O caso segue sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro de Itapemirim.