Passada a eleição municipal, os cachoeirenses esperam dos gestores públicos, os atuais e aqueles que virão, uma transição de governo transparente e que garanta tranquilidade para o município seguir no bom caminho. Nada mais nada menos daquilo que prega a verdadeira democracia.
Ferraço já deu mostras de que pretende dar continuidade às obras e serviços em curso na gestão de Victor Coelho. Começou bem, o caminho é esse mesmo. Deixar pra trás o calor do debate eleitoral, evitando interrupções que penalizem os cidadãos. Em verdade, são estes que sempre pagam a conta.
Em 2016, quando ganhou as eleições com o recorde de 59.377 votos (58,93% do eleitorado), Victor enfrentou uma transição conflituosa, prejudicando o início de sua gestão e a cidade como um todo. Agora, fazer diferente é fazer o certo, abrir a casa para que o novo inquilino entre sem tropeços.
Importante também será entrar sem arrogância, com espírito colaborativo, de forma que as chaves troquem de mãos pacificamente. Pelo que acompanhei dos últimos oito anos da gestão de Víctor Coelho, a casa está bem arrumada, mais bonita, eficiente e moderna.
As principais avenidas foram renovadas, muitos bairros ganharam nova roupagem viária, a estrutura física do setor de Saúde foi ampliada e está em boas condições, assim como as escolas municipais e as ferramentas de segurança pública. A malha de atendimento social também avançou a passos largos. Tecnologicamente, Cachoeiro ficou mais digital, acompanhando uma tendência irreversível nas administrações que se pretendem modernas. Decerto, ainda falta muito, mas sempre vai faltar.
Fosse um automóvel, diria que está com o motor tinindo, apesar da quilometragem avançada. A transição de governo funciona como uma espécie de revisão preventiva, para ajustar os freios, trocar o óleo, substituir as peças desgastadas e ainda conferir se o consumo está desregulado. Com boas equipes de mecânicos, esse ajuste vai permitir que Ferraço entre em 2025 acelerando.
Do novo prefeito, espera-se obras estruturantes de grande impacto. Esse foi o recado das urnas, o resto é conversa pra boi dormir. O desafio agora é construir as pontes do Valão e da União, completando o contorno da cidade; fazer o mergulhão – ou viaduto – do trevo do IBC; e resolver os gargalos do entroncamento da Ilha da Luz e da antiga Ponte Municipal, no centro; além de resolver o imbróglio do Parque Urbano da Ilha. São obras essenciais para o município se desenvolver de forma sustentável.
Solucionadas estas questões, sem perda de qualidade nos demais serviços da Prefeitura, Ferraço alcançará um patamar que nem ele mesmo imaginava nessa altura do campeonato. Resta-nos torcer por Cachoeiro e vigiar, para não dar praga na horta. E se não for pedir muito, pro Estrela voltar a brilhar no Capixabão. Mas isso é outra história.
Até!