A Missa Afro que acontececeu em Cachoeiro de Itapemirim, no domingo (19), alusiva ao Dia da Consciêrncia Negra, gerou incômodo nas redes sociais da Diocese. Na celebração, presidida pelo bispo diocesano Dom Luiz Fernando Lisboa, foram adotados elementos da cultura afro-brasileira, com alguns internautas classificando o fato como “abuso litúrgico”.
Entretanto, o bispo afirmou que “foi uma missa católica”, e que seguiu “o missal, e as orientações da igreja,”. A missa foi concelebrada pelo assessor diocesano da Pastoral Afro, Pe. Roberto Luiz Ferreira (Pe. Beto) e outros padres presentes.
A Missa Afro reuniu representantes da pastoral afro de várias paróquias. Segundo os organizadores, marcou o início das comemorações do Dia da Consciência Negra, celebrado nesta segunda-feira, 20.
Na celebração, foram utilizados elementos da cultura afro-brasileira como o ritmo das músicas, as vestimentas com estampas étnicas, no ofertório, foram levados ao altar comidas típicas (mandioca, paçoca, banana).
“Pisotearam a liturgia, isso é um absurdo”, comentou uma internauta na publicação feita pela Diocese de Cachoeiro. “Meu Deus o que está acontecendo com a nossa Igreja, nossas tradições foram parar aonde?”, questionou outra.
Pe. Beto explicou que a missa celebrada “tem a Liturgia da Palavra, as leituras foram feitas, o Evangelho, a homilia de Dom Luiz foi baseada na Palavra de Deus, na Doutrina da Igreja e no Magistério. Celebramos de maneira tão católica, como qualquer missa”, declarou.
Questionado, Lisboa afirmou “a missa é a celebração da vida, paixão, morte e ressurreição do Senhor”. “Como nós celebramos? Com o Missal Romano, as orientações da liturgia, do Diretório Litúrgico, do Concílio Vaticano II, da Sacrosanctum concilium”.
Para ele, “as pessoas precisam conhecer e dialogar. Você vê missa sertaneja, de cura e libertação, italiana… Missa é missa, é a celebração da vida, paixão, morte e ressurreição.”
Com informações da Diocese de Cachoeiro