A contadora Cláudia Márcia Lima Melhorato Melo, 41 anos, moradora de Cachoeiro de Itapemirim, foi diagnosticada pela segunda vez com o novo coronavírus.
Cláudia, que é mulher de um médico, disse que ficou doente pela primeira vez em junho, com forte dor no corpo e na cabeça, além de coriza e espirro. Fez o teste, que deu negativo. Mas, como ela estava muito mal, realizou novo exame, que constatou a presença do vírus em seu organismo.
“Não sou de ficar doente, por isso insisti e fiz novamente o exame, que positivou”, explicou Cláudia, que reside em Cachoeiro e trabalha como supervisora de Recursos Humanos em um hospital de Castelo.
Após o período de isolamento domiciliar, ela voltou a trabalhar e a praticar esportes. No entanto, o marido, médico, trabalha com pacientes com Covid-19, acabou se contaminando e ficou em isolamento domiciliar.
Cláudia contou que nem se preocupou em usar máscaras em casa porque já tinha positivado para coronavírus e pensou que tivesse adquirido imunidade.
“Só que, uma semana depois, eu também comecei a sentir os sintomas. Desta vez, além dos outros sintomas, ainda tive perda de paladar e do olfato, tosse e falta de ar”, explicou.
Ela coletou os exames no dia 29 de julho e no último domingo saiu o resultado, confirmando a contaminação. “Fiquei muito mal, com dores no corpo e de cabeça. Há uns quatro dias começaram as tosses. Hoje (7) eu estou bem melhor, mas tem horas que quando respiro muito, a garganta fica seca e eu começo a tossir”, disse.
Os dois exames de covid foram no método swab nasal e o resultado foi divulgado pelo Laboratório Central (Lacen), controlado pela Secretaria da Estado da Saúde (Sesa). Veja ao final da matéria os dois exames, divulgados pela contadora.
Infectologista
O médico infectologista Paulo Mendes Peçanha, professor de Medicina na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), explicou que não é possível afirmar se este é um caso de reinfecção.
Segundo o especialista, em algumas situações é possível que permaneçam fragmentos de vírus por 30 dias após a primeira infecção e eles podem ser percebidos nos exames.
“O que chama a atenção é o fato dela ter voltado a ter os sintomas e isso precisa ser estudado. Ela tem que ser vista presencialmente pelo médico que acompanha o caso, para ter mais segurança no diagnóstico”, disse Paulo Peçanha.
Procurada pela reportagem, a Sesa informou apenas que “as informações sobre casos de reinfecção serão divulgadas nos próximos dias.
Confira a nota da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na íntegra:
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) esclarece que relatos de reinfecção já estão previstos na literatura sobre a Covid-19. O Espírito Santo possui casos em investigação. A equipe de Vigilância Epidemiológica está fazendo um estudo sobre esses casos e formatará Nota Técnica sobre o tema – ambos serão divulgados nos próximos dias. fonte: tribunaonline /portaldenoticias24horas