A candidata a deputada federal Samara Abreu (PSB) vem chamando a atenção no litoral sul capixaba ao percorrer as comunidades da região ainda sem nenhum material impresso de campanha, locomoção ou alimentação. Mulher trans, Samara faz a campanha literalmente com o pé no chão, de porta em porta, dialogando com cada morador, e vem chamando muita atenção nas redes sociais.
Samara Abreu compõe uma chapa coletiva à deputada federal pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), “Coletivo Mulheres de Todas as Lutas” encabeçada pela empreendedora social e ex-presidente do instituto Mão na Massa; Fernanda Pereira, de Vitória. Também compõem o grupo Thayanne de Oliveira, Mãe Karla e Luciana Máximo.
Quem é Samara?
Samara já foi gari e hoje é empregada doméstica, nascida em meio à mata. Filha de lavradores do interior de Jerônimo Monteiro, há 30 anos mora em Marataízes e vive a diversidade no cotidiano. Toda sua campanha está acontecendo por voluntariado de amigos.
Ela afirma que “esse modelo evidencia uma campanha que é minha cara, meu dia a dia, muito popular, sou próxima das pessoas, eu conheço as necessidades das comunidades, sobretudo esse tipo de campanha não vem causando poluição, é triste observarmos a sujeira nas grandes cidades, as pessoas vão lembrar do 4001 pelo carinho, e não pela colinha”.
A candidata completa: “O que não podemos abrir mão é defender disputas mais igualitárias, onde um candidato “X” não receba milhões, enquanto outros, migalhas. Eu sempre fui uma mulher de luta, andar a pé ou deixar de fazer uma refeição no dia para ir atrás do que acredito nunca foi um problema”.
Casa Roxa
Junto a Samara, estão sua coordenadora Karla Regina, a assessora Geniciana Beatriz e o fotografo Victor Garcia. Tem ainda o apoio do consultor político Guilherme Nascimento, artista e educador, presidente da Casa Roxa Cultural, ativista dos direitos humanos e militante LGBTQIAPN+.
Guilherme vem há meses atuando como tutor de Samara, com aulas de oralidade, expressão corporal, discurso e conhecimentos gerais. “Já sabemos que essa campanha da socialista vai dar o que falar, teremos surpresas nas táticas eleitorais”, prevê o consultor.
Ainda segundo Guilherme, atualmente o Brasil enfrenta um retrocesso em seu processo de redemocratização. “Os desafios sociais e a necessidade de evoluirmos nas gestões públicas são cada vez mais evidentes, candidaturas coletivas como a abordada e candidatas como a Samara fazem nascer a esperança por uma política mais humanizada e realmente renovadora para as eleições de 2022. Para saber mais sobre essa proposta acesse as redes socias @samaradasilvaabreu”, concluiu.