Nesse início de campanha eleitoral no Espírito Santo, a criatividade na política está em alta como nunca esteve. Prova disso é a iniciativa de cinco mulheres do Partido Socialista Brasileiro (PSB) que resolveram deixar de lado o individualismo para lançarem juntas a primeira “candidatura coletiva feminina” de pretendentes ao mandato de deputadas federais do diretório do PSB.
Tendo à frente a empreendedora social e ex-presidente do Instituto Mão na Massa, Fernanda Pereira, a candidatura coletiva “Mulheres de Todas as Lutas” é formada por mulheres de diferentes regiões do Espírito Santo. A madrinha da iniciativa é a advogada ativista e influenciadora digital Fayda Belo.
Segundo Samara da Silva, um dos objetivos da candidatura coletiva é ampliar a representatividade LGTBQI+ nas esferas diferentes de Poder. Samara é mulher trans, doméstica e moradora de Marataízes, no litoral Sul do estado. Ela disse que “as políticas públicas inclusivas e que pautem a diversidade só serão possíveis quando a representatividade no Congresso Nacional também for diversa, já que Brasil hoje é um dos países que mais matam pessoas trans”.
A jornalista, escritora e professora Luciana Máximo, argumenta que foi impulsionada pelo mesmo desejo de Samara. Luciana, que é lésbica, casada e mãe de dois filhos, afirma que se candidatou a uma vaga na Câmara Federal por também querer um país mais inclusivo.
Karla Regynna, moradora de Nova Carapina, na Serra, é mãe de santo e defende a fé e a ancestralidade africana. Segundo atesta, durante toda sua vida foi se viu marginalizada por sua religião. Ela defende a laicalidade do Estado Brasileiro e prega contra o racismo religioso. Regynna também é candidata a deputada federal.
Também faz parte desse coletivo a evangélica Thayani de Oliveira. Moradora de Piúma, com duas formações acadêmicas – Letras e Gestão Aplicada – ela levanta a bandeira da Educação como forma de combater os preconceitos racial, religioso e de gênero. Para ela, a educação é a mola propulsora para a mobilidade social.
A quinta candidata é Fernanda, moradora da comunidade de Jesus de Nazareth, em Vitória. Segundo ela, resolveu encarar esse desafio por acreditar que é um instrumento para ajudar as pessoas que vivem na mais extrema pobreza. Conta aprendeu com a mãe, já falecida, a transformas os sonhos em realidade. “Não se pode sonhar sozinha” – completa.
Com informações do site ES Hoje