Cachoeiro de Itapemirim registrou, recentemente, os primeiros casos de transmissão comunitária do novo coronavírus. Isso significa que, diferente dos casos de transmissão local, não é possível identificar a origem da contaminação.
Na transmissão local, sabe-se que uma pessoa se infectou pelo contato com outra, que contraiu o vírus após ter estado em região em que há contágio.
Já na transmissão comunitária ou sustentada, não se consegue mais mapear a cadeia de infecção e saber quem foi responsável pela contaminação dos demais.
“É um estágio considerado alarmante, por indicar que a circulação do vírus pode estar difusa, não havendo mais um raio restrito de contaminação. Isso potencializa os riscos de transmissão e dificulta o controle da Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus”, alerta a secretária municipal de Saúde, Luciara Botelho.
Nesse contexto, ressalta a secretária, as medidas de isolamento social e os cuidados sanitários que têm sido amplamente difundidos ganham ainda mais importância.
“É preciso reduzir, ao máximo, o contato entre as pessoas e tornar rotineiras as ações preventivas, para minimizarmos a progressão do contágio. Estudos apontam que cada pessoa infectada contamina outras três”, salienta.
Outro agravante é que a doença pode ser assintomática ou ter sintomas brandos em muitos casos, elevando o potencial de propagação. Nesse cenário, a preocupação é ainda maior com o grupo de risco (idosos, doentes crônicos e pessoas com baixa imunidade).
“A contaminação dessa população mais suscetível às complicações da Covid-19 pode provocar uma sobrecarga no sistema de saúde. Por isso, precisamos contar com a colaboração, solidariedade e espírito coletivo de todos. Não ser do grupo de risco não isenta ninguém da responsabilidade para com toda a sociedade”, frisa a secretária de Saúde.
Atendimento
O protocolo de atendimento a casos suspeitos de covid-19 adotado em Cachoeiro é o preconizado pelo Ministério da Saúde e contempla o estágio de transmissão comunitária do coronavírus.
Todas as síndromes gripais têm a mesma indicação para atendimento. Quem apresenta sintomas leves, como coriza e dor de garganta, não deve procurar os serviços de saúde, mas precisa iniciar, imediatamente, o isolamento em domicílio, por 14 dias.
Casos que apresentem febre e tosse seca, com ou sem falta de ar, devem ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde, para consulta e orientações.
Já para as pessoas que apresentem sintomas como falta de ar intensa, febre alta, tosse persistente ou agravamento de seu quadro clínico, a orientação é buscar assistência no Pronto Atendimento do Centro de Saúde Paulo Pereira Gomes, no bairro Baiminas.
Como se proteger
– Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão ou, entã, higienize com álcool em gel 70%.
– Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, não com as mãos.
– Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Para tocar, lave sempre as mãos como já indicado.
– Mantenha uma distância mínima cerca de 2 metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando.
– Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote uma onda amigável sem contato físico, mas sempre com sorriso no rosto.
– Higienize, com frequência, o celular e brinquedos das crianças.
– Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
– Evite aglomerações e mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.
– Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente, idosos e doentes crônicos e fique em casa até melhorar.
– Durma bem, tenha uma alimentação saudável e faça atividade física. fonte: Ministério da Saúde /portaldenoticias24horas