Manhã de domingo, no último dia 10 e dezembro, peguei a raquete de frescobol, montei na magrela e sem pressa me levei para passear. Pensamentos angustiados vão comigo.
Sem puxar assunto com eles, vejo o mar maratimba, solidário-companheiro, sorrindo e me olhando carinhosamente. Sem resistir, paro, desço da magrela e deixo a minha bolsa em um bar de amigos, na praia da Colônia.
Coloco os pés sobre a acolhedora e familiar areia maratimba e caminho ao encontro de mim. Volto pela primavera do Sudeste brasileiro, litoral Sul do ES.
Aparentemente feliz, sem ser bombardeado pelo covarde exército israelense e pelos fanáticos do Grupo Hamas, pego a raquete de frescobol e jogo por cerca de duas horas e meia com o parceiro José Carlos.
Com gratidão, entro no mar que cuida da minha vida e mergulho em mim. Ileso, monto na bicicleta e volto para casa, sem encontrar respostas dos porquês. Sem muito entender, sigo aprendendo a viver.









