Semana passada fui ao centro de Cachoeiro. Impossível andar nas calçadas e mais difícil ainda andar na rua tamanho o número de carros e buracos por causa das obras no centro. Pensei que fosse por causa do Natal que se aproxima, mas depois de levar uma trombada percebi o motivo de tanta agitação era “Black Friday”.
Um nome inglês, mas que caiu no gosto dos brasileiros. As lojas sempre com os vendedores ocupadíssimos, moças com cartazes nas portas e propagandistas se esgoelando em caixas de som, anunciando o Black Friday, cada um pocando no inglês Cachoeirano tipo “bleque faidei, brek frai, bleq flay e outros, enfeitados com o sotaque de sua região, seja capixaba, mineiro ou nordestino.
Até um coreano, se não me engano, que por natureza são mais reservados, estava lá lutando com a lingua portuinglesa em uma banca de relógios xing lings.
Moral da história: os americanos não têm uma ideia exata do que inventaram, e com certeza não imaginaram que ela seria tão bem explorada por nossos comerciantes aqui das terras brasileiras, particularmente aqui na capital secreta do mundo.