Crônica • Marataízes: Linda Praia Encantada!

Alegres com o nosso reencontro, dispensamos tristezas, rivalidades e as históricas e acaloradas pancadarias veranistas. Belicamente municiados de amor e sorrisos, chegamos à nossa esperada festa celebrativa da amizade. Pertos e longes de casa, “estamos a dois passos do paraíso”.

Com olhares iluminados e desejosos de abraços, iremos rever amigos próximos e distantes, que moram em nós. Na verdade, vamos nos reencontrar através dessas pessoas queridas que fizeram e fazem parte do que somos hoje. Trocaremos olhares cúmplices, com sentimentos joviais, do que éramos.

Sim, nos vemos neles e olhando para eles, enxergamos nós. Aí, “esquece”. Felizes e abraçados, maratimbamos no Iate Clube, Garota Verão, Garoto Pão, Noite do Havaí, Jogos de Verão, Bar do Xodó, Boliche, Veleiros, Sotton, Tôa Toa, Rock da Tarde, Desfile das Unidas do Aquidabã, encontros adolescentes à tardinha em frente à Padaria Paulos. E por aí vamos…

Somos filhos maratimbas do vento nordeste que cantava a nossa canção preferida. Sim, “Aqui é o lugar que chamamos de Marataízes“. Aqui vivemos paixões fogosas, cobertas, descobertas, platônicas, febris e carnavalescas. “Oh quanto riso/Oh quanta alegria” em nossos corpos bronzeados pelos longos verões. Vivíamos como jovens poetas maratimbas, ambulantes montados a cavalo, com balaios cargueiros.

Vendíamos nas casas as nossas vidas, frutos de liberdade e felicidade. “Doce, doce, feito mel”. Fomos tatuadas e tatuados por esses verões. Viveremos essa eternidade até nosso descanso no último pôr do sol maratimba. Hoje, marcadas e marcados pelas linhas faciais do tempo, ainda temos sede de nós.

Por isso, felizes e agradecidos, estamos aqui com sentimentos ainda aflorados. Com sede, viemos beber na fonte sagrada da nossa Pérola Capixaba. Por tudo, receba nossa eterna gratidão. “Marataízes, tu és felicidade para quem amou serás sempre saudade. Lá, lá, lá, lá, lá, lá”…