Amo pessoas que também me amam. Sem lidar bem com essa grandeza, perdido, vivo esses amores.
Quando morei no RJ com Beto, nos encontramos como irmãos e nos descobrimos amigos. Mais novo, fui olhado amorosamente por ele. Hoje, morando distante, continua próximo e conselheiro. Respeitosamente, escuto suas ponderações, mas vivo o meu silêncio, tomando as rédeas nas minhas decisões.
Respeitar o amor é uma acertada decisão. Por isso o respeito e o escuto, preservando nossa amizade. Mas sigo a minha verdade, a integridade e o meu rumo.
O amor seduz, conforta e angustia. Às vezes até me apavora. Tenho amores assim. Vulcão incontrolável que atrai e queima. Linha tênue, onde a calmaria e a tempestade andam paralelas.
Perdido nessas estradas, talvez por medo e insegurança, vivo sem demonstrar o que sou. Prudente pego o ônibus de volta, sento na janela e me olho distante. Ao lado, o mar calmo e silencioso me diz: – Aquieta, tudo ficará bem.
Boto fé, agradecido, fecho os olhos e repouso escondido em mim.









