O Donald sempre foi esquentado. Tinha, como dizemos às vezes, o pavio curto, ou, como diria um amigo meu, nem pavio tinha, de tão bravo ficava quando algo o contrariava. Imagino a luta que o Walt, aquele gringo que criou a Disney, travava diariamente para mantê-lo sob controle.
Apesar das brigas, o pato desaforado caiu nas graças do povo e hoje são inúmeros os tipos de publicações e até filmes com o pato rouco. No final das contas, ficou mais notado pelas suas trapalhadas do que por suas brigas. Talvez a namorada Margarida tenha contribuído para isso.
Por falar em Donald, agora apareceu um outro lá pelas Américas, também de gênio difícil, e que foi escolhido para governar a Disneylândia americana. O pior é que ele pensa que foi eleito pra governar o mundo. O sujeito já ameaçou seus vizinhos de fronteira e outros mais longínquos. Agora, não satisfeito, se desentendeu com os amigos que tinha lá na Europa.
Para controlar o mundo, nomeou Huguinho Musk, Zezinho Zuckerberg e Luizinho Bezos como seus ajudantes de ordens, ou melhor, de desordens. Certo ou errado, o caso é que o cara do topete amarelo está transformando o planetinha em que brincamos em um furdúncio.
Como em casa que todo mundo manda ninguém obedece, o que pode nos amedrontar não são suas ideias sobre governança ou sua implicância com imigrantes, mas a quantidade de pilhas atômicas sob seu comando, que em um dia de mau humor podem ser acionadas, fazendo com que nossas próximas desavenças sejam decididas com porrete ou machado de pedra.
Talvez devêssemos convidá-lo pra esfriar a cabeça no sambódromo, curtindo um pouco do nosso Carnaval…
