Hoje, molhei m’alma sulina. Banhei manhã de enchentes, lamas e perdas. Distante, me aproximo de dores desconhecidas. O “Porto Triste” atracou dor, solidariedade, mãos corajosas e reconstrução.
Todo estado, com o rosto molhado, olha assombrado vidas idas. A enxurrada Guaíba descalçou o Pampa, desnudou a bombacha e silenciou a gaita.
O vanerão, sem dançar, refugiado, se afogou no CTG. A Natureza maltratada e inocente derrama seu lamento, encharcando dores desesperadas e despreparadas.
Desprezados e tristes, de longe, sem correr de enchentes, os índios olham a solidão oca da tragédia. A “inteligência” humana, habita seus sonhos no caos.