No Dia Nacional do Cerrado, comemorado em 11 de setembro, o país viu perplexo a própria ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, “jogar a toalha”. Nas palavras da ministra, o desmatamento no Cerrado brasileiro “destrambelhou”.
No final de julho, a supressão da vegetação nativa atingiu o maior patamar desde o início da série histórica anual do Deter — vinculado ao Inpe —, iniciada em 2019.
A avaliação de Marina foi feita na Câmara dos Deputados, onde participou do lançamento da consulta pública para discutir o novo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado (PPCerrado). O plano é uma das estratégias da gestão atual para cumprir a meta de desmatamento zero até 2030 e reedita fórmula usada na segunda gestão Lula, quando o PPCerrado foi criado, em 2010.
Em sua primeira fase, até 2011, o plano induziu a uma queda de 9% no desmatamento no Cerrado. Nas segunda e terceira fases, a redução nos números foi mais expressiva, de 42% entre 2014 e 2019.
— Não queremos nenhum tipo de maquiagem com relação aos problemas, fazer política pública com base em evidência é ter coragem de mostrar os dados. A gente identificou uma possível equilibrada, mas parece que a coisa já destrambelhou de novo e aí é uma ação entre os governos federal, estadual e municipal — declarou a ministra aos parlamentares.
Com informações de O Globo