Na tarde do último sábado, 29 de junho, Dom Luiz Fernando Lisboa CP, bispo diocesano de Cachoeiro de Itapemirim, presidiu, no Grêmio Santo Agostinho, a missa solene da festa São Pedro, patrono da diocese e da cidade de Cachoeiro de Itapemirim. Na ocasião, também foi comemorado o 157º aniversário da capital secreta do mundo.
A Eucaristia foi concelebrada pelos bispos e arcebispo das dioceses que compõem o Regional Leste 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e padres da diocese e contou com a participação de autoridades civis e militares, entre os quais o vice-prefeito Ruy Guedes e os Cachoeirenses Ausente e Presente N° 1 de 2024, o médico Écio Barbosa Fraga e o economista Wagner Medeiros respectivamente. Também estiveram presentes representantes de diversas paróquias e de diferentes congregações religiosas.
Procissão
Para celebrar o padroeiro, aconteceu a tradicional Procissão de São Pedro, que ano após ano vem atraindo milhares de fiéis pelas ruas e avenidas do Município. A procissão é um marco da festa, sendo realizada desde a instauração da Diocese, no ano de 1958. Porém, a Paróquia São Pedro, enquanto pertencia a antiga Diocese do Espírito Santo (atual Arquidiocese de Vitória) tem em seus registros históricos, menções da procissão ao seu Padroeiro desde 1914.
No percurso atual da procissão, foram 3 km de caminhada, saindo da Catedral de São Pedro, às 15h, em direção ao Grêmio Santo Agostinho, no bairro Vila Rica. Um trio acompanhou a procissão, animando, cantando e orando junto aos fiéis.
Devoção
Dom Luiz Fernando Lisboa iniciou a homilia meditando sobre a devoção aos santos. “O documento de Aparecida nos ajuda a entender que a devoção aos Santos é um dos lugares de encontro com Jesus. Assim, a cada ano, esta Festa nos reúne a todos ao redor de São Pedro, para ouvir novamente, com coração aberto, a missão recebida e os desafios que comportam a sua profissão de fé apostólica”.
“Queridos irmãos e irmãs, hoje, ao redor de São Pedro, escutamos o evangelho” disse o religioso, após leitura de Mateus 16, 13-19, feita pelo Diácono João Vitor Preato. “Ao contemplar essa cena bíblica, imaginemos Jesus olhando para cada um dos apóstolos e perguntando: Quem vocês dizem que eu sou? Agora, imaginemos Jesus dirigindo o seu olhar carregado de esperança em direção a todos os presbíteros, a todos os diáconos, a todos os agentes de pastorais e a todos os leigos e leigas da nossa Igreja Diocesana, dirigindo a nós as mesmas perguntas: Quem vocês dizem que eu sou? Quem sou eu para ti? Como aos discípulos, essa é a pergunta pessoal de Jesus a cada um de nós. Só a um amigo se pergunta: Que pensas tu de mim?”, refletiu.
“Para responder a tal pergunta de Cristo, são necessárias duas condições: a primeira, conhecê-lo intimamente, isto é, com a experiência da fé; a segunda vai além disso: amá-lo de verdade. Ou seja, ouvir e praticar a sua Palavra a exemplo dos Apóstolos.”
Chaves do céu
Ao falar do primeiro Papa, o bispo recordou a origem da Igreja confiada a Pedro. “Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja. Jesus confia a Pedro um encargo pastoral muito importante na constituição da nossa Igreja – ele é a pedra. Claro que Jesus é pedra principal. Pedro é a pedra, Pedro é o nosso primeiro Papa, que recebeu de Jesus essa missão de atar e desatar.”
“Aqui vale lembrar aos irmãos e irmãs que a missão de Pedro e dos seus sucessores, que nós chamamos de Papa, é de conservar a fé e dar testemunho de que essa ação provém de Deus. Por isso que nós devemos rezar muito pela figura do Papa, no caso o Papa Francisco, que tem uma missão muito importante de manter a unidade e preservar a nossa tradição, a nossa doutrina e a nossa fé. Quem ama Pedro e o compreende, ama a Igreja, ama Jesus Cristo e ama o seu povo.”
O bispo lembrou, ainda, que “somos chamados a exercer nossa fé com responsabilidade, na reconstrução de um novo mundo, de uma nova sociedade, de um novo ser humano, no fortalecimento da identidade das nossas Comunidades Eclesiais de Base.”
No fim da homilia, o religioso convocou os fiéis serem, à exemplo de São Pedro, firmes na fé e confiantes na verdadeira identidade de Cristo. “Devemos responder ao chamado para construir uma vida e uma comunidade fundamentadas no amor e na verdade de Deus.”
Após a celebração religiosa, a banda católica contemporânea Anjos de Resgate se apresentou emocionando o público do início ao fim.
“Foi tudo perfeito!” Afirmou Aparecida Soares Oliveira, 54 anos, “sou apaixonada por São Pedro, pela banda Anjos de Resgate e, agora, me apaixonei por esse novo espaço”, comentou a costureira, mencionando o Grêmio Santo Agostinho. O espaço esportivo acolheu a Missa de São Pedro pela primeira vez.