“Travessia – O parto à margem no Rio Piraquê-Açu”. Este é o título do novo documentário da capixaba Karol Felicio, que está sendo gravado em Aracruz e vai destacar a relação das mulheres indígenas da aldeia da aldeia da cidade com parto. Momentos de emoção marcaram o início das gravações, no último mês.
Karol Felício explica que foi acionada de madrugada para registrar o parto emocionante da Ara Poty, índia que será personagem do documentário e o benzimento da criança por uma anciã da aldeia Rio Piraquê-Açu. “Dirigi 120 km até Aracruz e registrei o momento do nascimento do bebê, tradição que vem se perdendo ao longo dos anos”, explica Karol. A diretora revela que, nascidas de parteira, dentro da aldeia, a maioria das mulheres hoje procura os hospitais para parirem. “E o mais interessante é que esse movimento acontece ao mesmo tempo em que os grandes centros se voltam para a humanização do parto, buscando referências no parir ancestral, como na água, de cócoras”.
A segunda parte da gravação do documentário está prevista para acontecer entre os dias 15 e 26 de outubro. A diretora Isadora Carneiro vai co-dirigir o documentário e o droneman Golias Engelhardt ficará responsável pela captação das imagens aéreas.
O documentário é uma realização do Governo do Estado do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com patrocínio da Imetame e da Companhia de Gás, e apoio da Ilha Mídias e Karol Felicio.