Operação Arcano e Operação Masqué II apura crimes contra o sistema financeiro
A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil, deflagrou hoje (13/7) duas operações para combater crimes conta o sistema financeiro no Estado, denominadas: Operação “Arcano” e Operação “Masqué II”, respectivamente.
As operações contaram com a participação de 19 policiais federais e 4 auditores fiscais da Receita Federal, que cumpriram um mandado de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão, em Vitória/ES, em endereços residenciais e comerciais de proprietários e pessoas ligadas às empresas investigadas, havendo a apreensão de carros de luxo, joias e vários equipamentos de mídia.
ENTENDA OS CASOS
As duas operações têm relação com a atuação fraudulenta de empresários no comércio exterior. Com o objetivo de promover a evasão de divisas, os investigados realizavam remessas ao exterior por meio de pagamento de contratos de câmbio feitos com base em documentos de importação falsos ou repetidos. Após um período atuando dessa forma, as empresas utilizadas eram abandonadas e substituídas por outras, dando continuidade ao esquema.
Na Operação “Arcano”, apurou-se a participação de empresas capixabas no crime de evasão de divisas, mediante processos de importação fraudulentos, com possível contratação de câmbio utilizando documentação falsa e remessas na modalidade conhecida como “dólar-cabo. As empresas que atuavam enviando valores para o exterior por meio de importações fraudulentas eram registradas em nomes de interpostas pessoas, de forma a ocultar a identidade do empresário que comandava o esquema criminoso. Foram utilizadas ao menos 7 empresas diferentes para promover a evasão de divisas pelo grupo investigado, desde o ano de 2011. Apenas entre os anos de 2015 e 2017, uma das empresas, alvo de apuração, enviou ao estrangeiro cerca de R$ 65 milhões.
Já a Operação “Masqué II” é uma continuação da operação de mesmo nome deflagrada pela PF no Espírito Santo em agosto de 2019. Ela investiga o crime de lavagem de dinheiro praticado pelos envolvidos na primeira fase da operação policial, em especial mediante a compra de imóveis, embarcações e veículos em nome de terceiros, além de empréstimos feitos fora do mercado formal de crédito.
A Operação “Masqué”, deflagrada em 2019, também apurou um esquema de evasão de divisas com a utilização de empresas que falsificavam e repetiam documentação para enviar dinheiro para o exterior, em uma atuação semelhante à dos investigados na Operação “Arcano”. Nesta primeira etapa a Justiça Federal decretou o sequestro de dezenas de imóveis avaliados em cerca de R$ 40 milhões.
CRIMES INVESTIGADOS
Os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro e por efetuar operação de câmbio não autorizada com o fim de promover evasão de divisas do País.