por Luciana Maximo
O pequeno Ricardo, de dois anos e meio está internado no Hospital Infantil de Vitória, no Centro de Terapia Intensiva, com várias complicações por ter nascido prematuro aos seis meses e sem esôfago. Ele é de Iconha e há cinco meses está morando com os pais João Felipe e Ariane Veltre Just, em Vitória.
A família pede ajuda financeira ou doações de produtos que possam ser usados em rifas e bingos, cujo dinheiro irá custear as despesas da família e iniciar um tratamento em São Paulo. O pequeno está muito fraquinho e depois da última cirurgia ficou ainda pior. Ricardo, tem um irmão gêmeo, o Romeu,
“Os meninos nasceram de seis meses. O Ricardo tem hidrocefalia, usa válvula e tem várias complicações e, além disso, nasceu com atresia esofágica, ou seja sem o esôfago. Meu filho desde que nasceu se alimenta por sonda, ele tinha uma fístula aberta por onde descia a saliva, como ele não tinha o canal descia para fora da pele. Desde que nasceu ele ficou quatro meses no CTI do Hospital Evangélico de Cachoeiro, os médicos tentaram quatro vezes refazer o esôfago, mas nenhuma delas deu certo”, contou a mãe.
A partir de então, os pais foram encaminhados ao Hospital Infantil de Vitória que é de referência, há um ano o tratamento foi iniciado. “Foram várias consultas, nunca falhamos nenhuma, fizemos risco cirúrgico e estamos à espera da tão sonhada cirurgia. Hoje o meu sonho é ver meu filho comendo pela boca. Estamos aqui hoje com a cirurgia feita há um mês, infelizmente, se complicou muito. Meu filho ficou 15 dias no CTI, teve duas paradas cardíacas, uma de dois minutos, a outra de cinco minutos. Meu filho ficou cinco minutos sem o coração bater. Milagre de Deus, e vendo isto tudo iniciamos uma campanha pedindo ajuda porque sabemos que Ricardo não vai voltar para casa melhor do que entrou, infelizmente, vai voltar para casa com a vida um pouco pior, até mesmo, talvez precisando de aparelhos”, disse Ariane.
Hoje, Ricardo não respira sem oxigênio. “Nós começamos uma campanha não é para arrecadar dinheiro e sim para pedir ajuda nas intermediações para levarmos para São Paulo, para um hospital especializado, sabemos que lá tem. Não sabemos ainda o nome do hospital, ainda somos leigos nesta parte, mas sabemos que precisamos e só lá porque nós viemos para um hospital que era referência no ES, mas infelizmente se complicou”.
Ariane afirmou que Ricardo precisa de fisioterapia e já era para estar andando. Já foram dois encaminhamentos para o município de Iconha, sem sucesso, porque falta o profissional especializado no caso dele, na cidade.
“Quando ele tiver alta vai precisar mais ainda de uma fisioterapia mais intensa, contínua, porque ele não anda, não fica em pé, tem as costas inclinadas, ele não fica retinho e com a cirurgia, o que aconteceu, debilitou mais ainda. Hoje ele perdeu os movimentos, não sente mais para tirar sangue, tomar uma injeção, toma várias furadas e não sente nada”, entristeceu-se, Ariane.
A situação da família é muito grave, eles não têm dinheiro, não tem emprego e não tem com quem contar. E se você pode ajudar de alguma forma, entre em contato com o pai, João Felipe, pelo telefone (28) 99917-6705.
Quem quiser contribuir com alguma quantia, pode depositar em: Caixa Econômica Federal, conta poupança (em nome da avó Maria da Glória S. Marchiore), 3030 – 013 – 000012436.
Atresia esofágica
Na atresia esofágica, o esôfago se estreita ou não tem saída. A maioria dos recém-nascidos com atresia esofágica apresenta também uma ligação anômala entre o esôfago e a traqueia denominada fístula traqueoesofágica.
Normalmente, o esôfago, um órgão comprido semelhante a um tubo, liga a boca ao estômago. Na atresia esofágica, a ida dos alimentos do esôfago para o estômago é retardada ou impedida.
Muitas crianças com atresia esofágica e fístula traqueoesofágica têm outras anomalias, como defeitos da coluna vertebral, do coração, dos rins, dos órgãos genitais, das orelhas e dos membros, além de atraso do desenvolvimento mental, do desenvolvimento físico ou de ambos.
A fístula traqueoesofágica é perigosa, porque permite que os alimentos engolidos e a saliva percorram a fístula até os pulmões, o que causa tosse, sufocamento, dificuldade em respirar e, possivelmente, pneumonia por aspiração (em decorrência da inalação de alimentos ou saliva). Os alimentos ou líquidos nos pulmões podem afetar a oxigenação do sangue, causando uma tonalidade azulada da pele (cianose).
Hidrocefalia
Cerca de 1 em cada 1 mil bebês nascem com hidrocefalia, uma doença em que há o acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano nos ventrículos cerebrais. Os sintomas podem incluir vômitos, letargia, dor de cabeça, cabeça com tamanho aumentado ou mesmo convulsões. Não existe cura, mas o tratamento pode proporcionar alívio a longo prazo.
Definição
O termo “hidrocefalia” é derivado de duas palavras gregas: hydro (água) e kephale (cabeça). Hidrocefalia é ainda às vezes referida como “água no cérebro.” A hidrocefalia é uma doença em que um excesso de líquido cefalorraquidiano se acumula nas cavidades do cérebro conhecidas como “ventrículos”.